Sidney (Agência Fides) – A Comissão Australiana para os Direitos Humanos acaba de divulgar suas conclusões sobre a detenção de crianças imigradas. A este respeito, o Catholic Mission, organismo oficial das Pontifícias Obras Missionárias, que se ocupa especialmente de menores, comunicou à Agência Fides seu desapontamento. “Estamos muito preocupados com as conclusões deste relatório, e de modo especial pelos efeitos psicológicos que está causando nas crianças que se encontram ainda detidas”, disse à Fides Martin Teulan, diretor nacional do Catholic Mission. “Os pequenos são obrigados a viver em condições deploráveis, que terão um duro impacto a longo prazo, sobretudo no estado insular de Nauru, onde há ainda 119 crianças com futuro incerto. Estamos firmemente convencidos que a detenção dos imigrantes nunca, e em nenhum caso, é benéfica para as crianças. Pedimos, portanto, sua imediata libertação”, disse Teulan. “O relatório evidencia que a lei e a política australiana violam o importante princípio dos direitos humanos segundo os quais, as crianças podem ser detidas somente quanto esta for a última alternativa, e por um tempo mínimo. Defendemos a recomendação-chave do relatório, que modifica a lei sobre a migração para especificar um período estritamente limitado de tempo para a detenção de menores”, precisou o diretor nacional. Catholic Mission, como membro da Coalizão Australiana para terminar com a detenção de crianças imigrantes, coordenou “Free the Children”, campanha itinerante no país para envolver toda a comunidade neste problema, e que se encerrará apenas com a libertação de todas as crianças. “A política carcerária das crianças é insustentável e esta pode ser uma oportunidade para o Governo tomar a decisão sensata de libertar todas as crianças detidas nas estruturas, seja na terra firme como nas ilhas no meio do mar”, conclui Martin Teulan. (AP) (Agência Fides 13/2/2015)