ÁSIA/IRAQUE - Decreto do Patriarca caldeu sobre sacerdotes e religiosos expatriados sem o consenso dos superiores

Quinta, 23 Outubro 2014

Bagdá (Agência Fides) - “Antes de ser ordenado, o sacerdote promete oferecer toda a sua vida a Deus e à Igreja: É uma oferta que se baseia na obediência incondicional aos superiores”. Para os monges, “os votos são absolutos: castidade, obediência e pobreza”.
Inicia -se com este chamado decisivo aos compromissos ligados à vocação sacerdotal e religiosa, o decreto publicado na quarta-feira, 22 de outubro, pelo Patriarca de Babilônia dos Caldeus, Louis Raphael I, para tornar conhecida as medidas disciplinares tomadas em relação a alguns sacerdotes e religiosos caldeus que nos últimos anos deixaram o Iraque sem a permissão dos superiores, pedindo asilo em países ocidentais.
“Nós, lê-se no Decreto patriarcal, enviado à Agência Fides, temos exemplos importantes de sacerdotes de nossos dias que nos deram lições eloquentes de fé”. O Patriarca cita os sacerdotes Hana Qasha e Ragheed Ganni, e o Bispo Paulus Faraj Rahho, mortos nos últimos anos, e recorda os sacerdotes sequestrados que permaneceram no país e aqueles que, depois de serem expulsos de suas casas, seguiram seus fiéis, partilhando a condição de deslocados. Depois, conforme o Direito Canônico e as regras de vida religiosa, o Decreto suspende do ministério sacerdotal seis monges e seis sacerdotes diocesanos que deixaram suas dioceses e comunidades religiosas no Iraque para imigrar e transferirem-se para o exterior sem a permissão dos superiores, assumindo cargos pastorais nas paróquias caldeias na diáspora.
A publicação do Decreto – adverte o Patriarca Louis Raphael I – foi precedida por consultas feitas no Sínodo permanente da Igreja caldeia e com a Congregação para as Igrejas Orientais, e se realiza depois de “numerosos e infelizmente ultimatos estéreis e tentativas implementadas no passado pelas precedentes autoridades da Igreja e comunidades religiosas para frear o fenômeno deplorável, que causou escândalo entre os fiéis da Igreja caldeia”. (GV) (Agência Fides 23/10/2014).


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