Genebra (Agência Fides) – Anualmente, uma em cada cinco crianças não recebe vacinas salva-vidas e a necessidade que as vacinas sejam mantidas em geladeira representa um grave obstáculo à melhoria do índice de cobertura e vacinação. São necessárias vacinas termicamente estáveis, entre 2°C e 8°C. É o alarme lançado por Médicos Sem Fronteiras (MSF) às vésperas da Semana Mundial de Imunização que se inicia hoje (de 24 a 30 de abril). “Com base em nossa experiência – escreve o comunicado recebido pela Agência Fides -, a necessidade de manter as vacinas na geladeira durante todo o trajeto até o paciente é uma das maiores barreiras para a ação eficaz da imunização”. Embora este não seja um problema insolúvel em países ricos, constitui um obstáculo em países em vias de desenvolvimento, especialmente em áreas quentes, isoladas e aonde a cobertura elétrica para a refrigeração é pouco confiável. Esta dificuldade é uma das causas dos baixos índices de vacinação em alguns países. A cada ano, mais de 22 milhões de crianças com menos de um ano de idade não são vacinadas. Provas cada vez mais evidentes demonstram também que algumas vacinas podem ser mantidas fora da geladeira por certo período de tempo. Na chamada “rede de temperatura controlada” (CTC), alguns delas podem deixar a rede de frio por um breve período logo antes de ser utilizadas, o que facilitaria a logística do transporte no último e importante trecho de sua viagem, desde o último posto de saúde até as mais remotas aldeias. (AP) (24/4/2014 Agência Fides)