Conacri (Agência Fides) – A Epidemia de ebola está se difundindo em várias áreas da Guiné, chegou à capital Conacri e está assumindo uma dimensão sem precedentes (veja Agência Fides 29/3/2014). Com oito casos confirmados na capital, a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) continua reforçando suas equipes e para o fim da semana, estão previstos cerca de sessenta agentes internacionais com experiência de febre hemorrágica entre Conacri e o sudeste do país. Dentre os agentes no campo estão médicos, enfermeiros, epidemiologistas, especialistas de água e serviços higiênico-sanitário e antropólogos. Além disso, mais de 40 toneladas de materiais foram enviadas ao país para buscar limitar a difusão da doença. “MSF interveio durante quase toda a epidemia de ebola dos últimos anos, mas eram mais contidas geograficamente e diziam respeito a áreas mais remotas. Esta difusão é preocupante, porque complicará muito a tarefa das organizações que trabalham para controlar a epidemia”, lê-se num comunicado enviado à Agência Fides.
Em Conacri, MSF reforçou sua atividade de isolamento de pacientes no hospital de Donka, em colaboração com as autoridades de saúde da Guiné e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Outros pacientes, em estruturas de saúde, estão ainda hospitalizados em condições não muito boas. “Difundiu-se na Guiné a espécie Zaire do vírus de ebola: o mais agressivo e mortal. Mata mais de 9 pacientes a cada 10”, disse um epidemiologista de MSF atualmente em Guekedou. Até hoje, as autoridades de saúde na Guiné registraram 122 pacientes suspeitos e 78 mortos. (AP) (1/4/2014 Agência Fides)