ÁFRICA - Novo programa para reduzir a mortalidade materna em quatro nações

Segunda, 5 Março 2012

Pádua (Agência Fides) – Ainda hoje na África muitas mães e muitas crianças morrem porque não têm a possibilidade de aceder a serviços médicos adequados. Não por acaso, a redução das mortalidade materna e infantil é um dos grandes Objetivos do Milênio, estabelecidos pelas Nações Unidas. Em especial, o acesso ao parto assistido é a prestação que mais mostra dramaticamente a diferença entre os diversos países e as diferentes classes sociais. Os problemas são muitos e, às vezes, banais para quem vive em outros contextos: os custos, a dificuldade dos transportes, a escassez e a baixa qualidade dos serviços locais. A mortalidade materna nos países interessados pelo programa está entre as mais altas do mundo. Em Angola, morrem 14 a cada mil, na Etiópia 7 por 1.000, em Uganda 5 por 1.000, na Tanzânia 9 por 1.000. Com o novo programa, Primeiro as mães e as crianças, há pouco promovido, o organização Médicos com a África Cuamm, junto a outras instituições católicas, pretende garantir o acesso gratuito ao parto seguro e ao cuidado do recém-nascido. O programa pretende aumentar o acesso aos serviços médicos, em especial ao parto seguro. Concretamente, a intervenção se focalizará na colaboração com as instituições católicas do setor da saúde que atuam em quatro distritos de Angola, Etiópia, Uganda, Tanzânia, que já recebem um suporte governamental. A população diretamente interessada é de cerca 1.300 mil habitantes, com quatro hospitais principais e 22 centros de saúde periféricos que podem garantir o parto seguro. O objetivo é duplicar em cinco anos o número de partos assistidos, passando dos atuais 16 mil a mais de 33 mil por ano, com o envolvimento de hospitais e centros de saúde governamentais. As instituições católicas non profit empenhadas neste projeto são a da Diocese de Ondjiva, em Angola, proprietária do hospital de Chiulo, o único do Município de Ombadja, com uma população de 300 mil habitantes; a da Conferência Episcopal Etíope, na Etiópia, proprietária do hospital São Lucas de Wolisso, o único da South West Shoa Zone, de mais de 1 milhão de habitantes; a da Diocese de Apach, em Uganda, proprietária do hospital de Aber, o único do distrito de Oyam, de cerca de 343.600 habitantes; e a da Diocese de Iringa, na Tanzânia, proprietária do hospital de Tosamaganga, o único do distrito de "Iringa Rural" de cerca de 262 mil habitantes. (AP) (5/3/2012 Agência Fides)


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