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Mogadíscio (Agência Fides)- Amanhã, domingo 10 outubro, o Parlamento somali elege o novo Presidente da Somália. Os 275 deputados se reunirão em Nairóbi, capital do Quênia, sob os auspícios da União Européia e da IGAD (Intergovernmental Authority on Development), a organização que reúne os Estados da África oriental.
O favorito é o atual presidente do governo nacional de transição, Abdulkassim Salat Hassan, que está no cargo desde 2000. Outros 27 candidatos aspiram à Presidência, cujo mandato dura três anos.
Desde janeiro de 1991, quando o ex-ditador Siad Barre foi deposto, o Estado somali está em colapso e o país vive em uma anarquia profunda. As milícias armadas dos diversos clãs e subclãs dividiram entre eles o território com a força. A Somália está dividida atualmente em ao menos três partes. No norte, está a república de “Somaliland”, que se declarou independente 10 anos atrás, não reconhecida pela comunidade internacional. Nesta região, criou-se uma certa estabilidade, principalmente na parte centro-ocidental. A Somaliland não participou dos acordos assinados ontem em Nairóbi.
Na parte norte-oriental, nos últimos 3 ou 4 anos, criou-se uma área de relativa segurança, que levou à fundação do “Puntland”. Trata-se de uma administração local provisória, que não almeja a independência. Os representantes do “Puntland”, de fato, assinaram os acordos de Nairóbi, que deram vida ao governo nacional de transição. Deste modo, a região volta a pertencer à Somália.
A parte centro-sul, a mais habitada e potencialmente mais rica, é a região do país que até agora não conseguiu organizar uma administração estável.
De fato, o Presidente do governo de transição controla somente uma parte da capital, Mogadíscio. Apesar dos esforços da comunidade internacional, as divisões dos clãs somalis e a luta pelo controle dos escassos recursos econômicos impediram até agora o retorno da unidade do país. (L.M.) (Agência Fides 9/10/2004 righe 28 parole 322)
