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Bengasi (Agência Fides) – Os médicos engajados na cidade líbia de Bengasi estão enfrentando enormes dificuldades por causa da carência de verbas, o que dificulta seriamente seu trabalho. “As condições são péssimas” – consta no comunicado divulgado pela Agência Irin de um diretor do único centro de reabilitação da cidade para pacientes com lesões espinais ou AVC. Atualmente o centro hospeda 65 pacientes com longa hospitalização; todavia, as perspectivas de recuperação dos pacientes são limitadas pela grave carência de equipamentos. Até dois anos atrás, o centro era financiado parcialmente pelo governo líbio de Trípoli, que retirou sua contribuição sem algum aviso prévio. Agora, a estrutura funciona com o limitado orçamento da Libyan Red Crescent e de outras ONGs locais. Grande parte dos enfermeiros foi embora no início do conflito, mas segundo o responsável da missão da International Commission of the Red Cross (ICRC) em Bengasi, as necessidades mais urgentes não são tão prementes na cidade com em outras localidades, como Misurata, onde a ONG italiana Emergency, a única internacional atuante em Bengasi, foi obrigada a deixar o país por razões de segurança. No Centro Psiquiátrico da cidade líbia, as internações aumentaram em 50% desde o início do conflito e não há medicamentos suficientes para todos. As mesmas dificuldades se constatam no serviço de ortopedia no hospital Al Hawari, onde faltam aparelhos para o tratamento de pacientes com fraturas, que continuam a aumentar por causa da guerra. O Bengasi Medical Centre, o maior hospital da cidade, foi aberto 30 anos atrás, mas um de seus andares ainda está fechado, em fase de acabamento.
(AP) (4/5/2011 Agência Fides)
