Trípoli (Agência Fides) – Imigração, comércio, integração regional, energia e mudanças climáticas, agricultura, paz e segurança são os temas no centro da terceira cúpula intergovernamental entre União Europeia e União Africana, que teve início em 29 de novembro em Trípoli, na Líbia e se concluiu no dia 30 de novembro.
Em seu discurso de abertura o líder da Líbia Muhammar Gheddafi afirmou que a África e a Europa faliram em desenvolver uma associação econômica e advertiu que na África, no momento atual permanecem duas opções: “cooperar com igualdade com a Europa ou dirigir-se rumo à América Latina, China e Rússia”.
Gheddafi disse ao presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, segundo o qual a Cúpula de Trípoli “é um sinal forte. Europa e África possuem um potencial enorme e cabe a nós colaborar para não perder as oportunidades que surgem”.
O presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, recordou a existência de uma “estratégia comum iniciada com a realização de precedentes dois encontros União Europeia-União Africana, o primeiro no ano 2.000 no Cairo, e o segundo em 2007 em Lisboa. Ping pediu que “as duas partes se comprometam a restabelecer um justo equilíbrio entre a dimensão política e o desenvolvimento na busca da realização da estratégia comum”.
O presidente da Comissão Africana recordou em particular a questão dos acordos APE (Acordos de Partnership econômica) a fim de substituir o precedente sistema de troca comerciais entre Europa e África, julgado não compatível com as regras da Organização Mundial do Comércio. A abertura dos mercados europeus aos produtos africanos é um dos temas mais importantes em discussão na cúpula.
Da cúpula participam 80 países. O presidente sudanês Omar Al Bashir anulou no último momento a sua participação. A Corte Penal Internacional emitiu um mandato de prisão contra ele por crimes de guerra e crimes contra a humanidade perpetrados em Darfur, a região do oeste sudanês em guerra desde 2003. (L.M.) (Agência Fides 30/11/2010)