ÁFRICA/CHADE - No Sahel, milhões de pessoas podem passar fome

Sexta, 28 Maio 2010

Roma (Agência Fides) – A falta de fundos está colocando em risco as operações de emergência no Chade, onde cerca de dois milhões de pessoas correm o risco de passar fome, depois que a seca e a infestação de parasitas reduziram drasticamente a produção alimentar, lê-se numa nota da FAO. Nos dias passados o Sistema Mundial de Informação e pré-aviso rápido nos setores agrícola e alimentar da FAO (GIEWS) denunciou, numa alerta especial, que a situação alimentar é muito preocupante em diferentes partes do Sahel, e que mais de 10 milhões de pessoas correm o risco da fome. Estima-se que em relação a 2008 a produção de cereais no Chade caiu 34%, no Níger 30%, a Mauritânia 24% e em Burkina Fasso 17%. Também a indústria pastoril foi seriamente danificada. A produção de alimentos para os animais no Níger é 62% inferior” – denuncia a nota.
No Chade, no ano passado, a taxa de mortalidade bovina foi de 30%, e também no Mali se verificou uma queda na criação de gado. A baia da produção de cereais, as más condições dos campos, junto com os preços dos alimentos muito elevados, “levaram ao alto risco de insegurança alimentar e a um aumento da desnutrição” – denuncia o GIEWS. Estima-se que este ano no Níger serão cerca de 2,7 milhões de pessoas que terão necessidade de ajuda alimentar, enquanto outros 5,1 milhões de pessoas no país correm o risco da insegurança alimentar. No Chade, cerca de dois milhões de pessoas terão necessidade de assistência, enquanto 258.000 pessoas deverão enfrentar uma grave insegurança alimentar no Mali. Na Mauritânia terão necessidade de ajuda alimentar cerca de 370.000 pessoas. (AP) (28/5/2010 Agência Fides)


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