Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “Seguindo o exemplo de tantos discípulos de Cristo, queridos amigos, acolham com alegria o convite à sequela, para viver intensamente e com fruto neste mundo... Não tenham medo, queridos jovens, se o Senhor vos chama ... para a vida religiosa, monástica, missionária ou para uma consagração especial: Ele sabe doar alegria profunda a quem responde com coragem!”. É o apelo que o Santo Padre Bento XVI dirige aos jovens do mundo inteiro, em sua mensagem em vista do XXV Dia Mundial da Juventude (DMJ) que se realizará em 28 de março de 2010, Domingo de Ramos, no âmbito diocesano.
Bento XVI recorda a instituição deste Dia Mundial, querido pelo Venerável João Paulo II, “foi uma iniciativa profética que deu abundantes frutos”. O XXV DMJ “é uma etapa rumo ao Encontro Mundial dos Jovens, que se realizará em agosto de 2011, em Madri”. Nesta circunstância jubilar, Bento XVI dedica algumas reflexões sobre o tema deste ano: “Bom Mestre, o que devo fazer para ganhar a vida eterna?" (Mc 10,17), extraído do encontro entre Jesus e o jovem rico, ricordando que tal tema foi abordado, em 1985, pelo Papa João Paulo II em sua Carta, dirigida pela primeira vez aos jovens.
Na passagem bíblica é mostrada a grande atenção de Jesus para com os jovens... o seu desejo de encontrá-los pessoalmente e iniciar um diálogo com cada um de vocês” – escreve Bento XVI sublinhando que o “cristianismo não é primariamente uma moral, mas experiência de Jesus Cristo, que nos ama pessoalmente, jovens e velhos, pobres e ricos; nos ama também quando viramos as costas para Ele”. Neste “amor se encontra a fonte de toda a vida cristã e a razão fundamentel da evangelização: se realmente encontramos Jesus, devemos testemunhá-lo a quem ainda não o conhece!”
Como o jovem rico, que pede a Jesus "O que deveo fazer?", também os jovens de hoje vivem este período da vida como tempo de descoberta dos dons que Deus concedeu a eles e as próprias responsabilidade. “Para descobrir o projeto de vida que pode torná-los plenamente felizes – exorta o Santo Padre – coloquem-se à escuta de Deus, que tem um disígnio de amor para cada um de vocês”. É preciso também se perguntar sobre o fututo definitivo que espera cada um de nós”, porque isso “orienta o projeto de vida rumo a horizontes não limitados e passageiros, mas amplos e profundos, que levam a amar o mundo, por Deus muito amado, a se dedicar ao seu desenvolvimento, mas sempre com a liberdade e a alegria que nascem da fé e da esperança. São horizontes que ajudam a não absolutizar as realidades terrenas, sentindo que Deus nos prepara uma perpectiva maior”.
O Santo Padre indica os dez mandamentos como “pontos de referência essenciais para viver no amor, para distinguir claramente o bem do mal e construir um projeto de vida sólido e duradouro... Deus nos dá os mandamentos porque nos quee educar à verdadeira liberdade, poque deseja construir conosco um Reino de amor, de justiça e de paz. Ouvi-los e colocá-los em prática não significa alienar-se, mas encontrar o caminho da liberdade e do amor autênticos, porque os mandamentos não limitam a felicidade, mas indicam como encontrá-la”.
A Mensagem aos jovens se conclui com o convite a perder a coragem e a não renunciar aos próprios sonhos: “Cultivem no coração desejos elevados de fraternidade, de justiça e de paz... Se vocês quiserem, o futuro está em suas mãos, porque os dons e as riquezas que o Senhor colocou no coração de cada um de vocês, plasmados pelo encontro com Cristo, possam dar autêntica esperança ao mundo!” (SL) (Agência Fides 16/03/2010)
