VATICANO - Bento XVI aos bispos ugandenses: “A força da Palavra de Deus e o conhecimento e o amor de Jesus devem transformar a vida das pessoas, melhorando sua maneira de pensar e agir”

Sábado, 6 Março 2010

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “A II Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, realizada em outubro de 2009, no Vaticano, foi de grande importância pela sua exortação a cumprir renovados esforços a serviço de uma mais profunda evangelização em seu continente. A força. A força da Palavra de deus e o conhecimento e o amor de Jesus devem transformar a vida das pessoas, melhorando sua maneira de pensar e de agir”. Foi o que disse o Santo Padre Bento XVI recebendo os bispos de Uganda em visita ad Limina Apostolorum, em 5 de março.
O Papa sublinhou a necessidade de continuar a encorajar os católicos ugandenses “a apreciar plenamente o sacramento do matrimônio em sua unidade e indissolubilidade e o direito sagrado pela vida”. Então recomendou “ajudar os sacerdotes e os leigos a resistir à sedução da cultura materialista do individualismo”, de “lutar por uma paz duradoura, baseada na justiça e na generosidade para com os mais necessitados, num espírito de diálogo e reconciliação, de promover um autêntico ecumenismo”, mostrando-se próximos, sobretudo, “aos que são mais vulneráveis no aumento das seitas”.
Em particular Bento XVI evidenciou a importância das “formas populares de evangelização como as peregrinações organizadas no Santuário dos Mártires Ugandenses em Namugongo”, e exortou os bispos a “ajudarem todos aqueles que, com coração generoso, cuidam dos deslocados e dos órfãos das áreas dilaceradas pela guerra. Encorajem aqueles que ajudam as pessoas que sofrem por causa da pobreza, da Aids e outras doenças, ensinando eles a ver em quem servem o rosto sofredor de Jesus”.
Sublinhando a importância de reforçar a cultura católica, o papa se alegrou pelos programas educacionais levados adiante nas paróquias, nas escolas e nas associações, além das intervenções dos Bispos em assuntos de interesse comum, ressaltando a tal propósito a importância que os leigos sejam formados, em particular na doutrina social católica, a fim de serem ativos nos meios de comunicação social, na política e na cultura. “Deste modo, toda a sociedade se beneficiará de cristãos fervorosos e bem preparados, que assumirão funções chaves a serviço do bem comum”.
O Sant Padre exortou à solidariedade concreta que brota da comunhão com Cristo: “as dioceses que possuem mais recursos, tanto materiais quanto espirituais, devem ajudar as que possuem menos. Ao meso tempo, todas as comunidades têm o dever de trabalhar pela sua auto-suficiência. É importante que o povo ugandense desenvolva um sentido de responsabilidade para consigo, a comunidade e a sua Igreja, e aprofunda mais um espírito católico de sensibilidade para com as necessidades da Igreja Universal”.
Na parte conclusiva de seu discurso, o papa convidou os bispos a oferecerem sua ajuda, o exemplo de um claro ensinamento, aos sacerdotes, exortando-os à “oração e à vigilância, em particular a propósito de ambições egoístas, materialistas e políticas, ou de um apego excessivo à família ou ao grupo étnico”. Recomendou continuar a promover as vocações, curando de modo particular o discernimento dos candidatos e a sua formação. Exortou a ajudar os religiosos e as religiosas com o conselho e com a oração, e a cuidar da formação dos catequistas, prestando atenção às suas necessidades.
Antes de dar a bênção apostólica, o Santo Padre indicou os Mártires Ugandenses como “modelos de grande coragem e aceitação do sofrimento”, convidando a contar com suas orações e a lutar sempre “para ser dignos de sua herança”. (SL) (Agência Fides 6/3/2010)


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