Manila (Agência Fides) – As mudanças climáticas correm o risco de atingir seriamente grandes áreas das Filipinas, com consequências desastrosas para a vida da população. É o alerta lançado pela Igreja das Filipinas que, na ocasião da Conferência em Copenhagen, recordou os sofrimentos vividos pelo povo filipino por causa dos furacões que atingiram o país em 2009.
Em nota enviada à Agência Fides, a Conferência Episcopal das Filipinas recorda que a elevação do nível do mar, devido ao aquecimento global e às mudanças climáticas, “atinge intensamente 16 regiões do país, que incluem 20 províncias e 700 cidades”, onde a população se vê impotente, exposta a desastres e catástrofes naturais. Os Bispos reiteram que “as mudanças climáticas aumentaram visivelmente o número de furacões e tempestades que atingem as Filipinas a cada ano”, sem esquecer que cada furacão “traz à memória coletiva o desmatamento selvagem e ilegal que continua a acontecer no país”. A situação, observam os Bispos, citando doso das Nações Unidas, agravou-se visivelmente nos últimos 20 anos.
Nos últimos meses, na ocasião do último e destrutivo furacão Ondoy, que atingiu Manila e a parte central da ilha de Luzon, a Conferência Episcopal já havia levantado o problema das cada vez mais frequentes calamidades sociais em consequência dos furacões, seca, erupções vulcânicas: todos fenômenos que derivam da chamada obra do homem, que não tem respeito pela natureza e suas leis.
A Igreja filipina, além disso, luta há tempos pela proteção do ambiente, das populações indígenas e dos agricultores, contra a exploração mineral descontrolada, muitas vezes, entregue em concessão a multinacionais estrangeiras.
“Urge uma tomada de consciência e de responsabilidade dos cidadãos, dos líderes políticos e das instituições públicas, em âmbito nacional e internacional, para preservar a natureza e a vida do homem”. (PA) (Agência Fides 14/12/2009)