OCEANIA/PAPUA NOVA GUINÉ - A missão dos Irmãos das Escolas Cristãs, em tempos de crise

Port Morseby (Agência Fides) – Ser missionário num dos países mais pobres, no aspecto social e econômico, na região do Pacífico não é fácil. Principalmente nesse momento, em que o país passa pela terceira crise econômica nos últimos 10 anos, que leva a uma deterioração do padrão de vida dos cidadãos, além do aumento do desemprego, da criminalidade e da corrupção. No entanto, nesse contexto, os missionários Lasallaini, ou “Irmãos das Escolas Cristãs”, trazem a sua contribuição, principalmente por meio de um amplo e qualificado serviço realizado na área da educação.
No país, há no total três tipos de escolas: as públicas estatais; as patrocinadas pela Igreja católica; as geridas pela Igreja protestante. Os institutos geridos pelas Igrejas dão uma contribuição fundamental para a sociedade, especialmente para o desenvolvimento das novas gerações. A taxa de analfabetismo é ainda muito alta: atinge 28,6% dos homens e 44% das mulheres com idade superior a 15 anos.
As Igrejas cristãs atualmente administram 70% da educação oferecida no país e a sua contribuição para o desenvolvimento social e cultural da nação é reconhecido.
Os Irmãos das Escolas Cristãs atuam atualmente em Port Moresby, a capital, e na zona rural de Mainohana, buscando principalmente recuperar crianças e meninos que abandonaram o seu caminho de educação.
Os Lasallianos estão presentes no país há mais de 60 anos e hoje estão empenhados não somente no ensino, mas também na formação profissional do pessoal docente local, de modo a fazer crescer a sociedade civil e as instituições da Papua Nova Guiné.
A nação tem cerca de cinco milhões de habitantes, residentes na comunidade e vilarejos muitas vezes divididos por barreiras geográficas e linguísticas (são faladas mais de 700 línguas e dialetos diversos). Existe também uma grande variedade religiosa, em que o cristianismo é majoritário, ao lado de um significativo percentual animista. Os primeiros missionários católicos chegaram na Papua há mais ou menos um século. Atualmente, 66% da população é cristã no país, e desses, 22% são católicos.
A comunidade eclesial tem hoje 1,6 milhões de fiéis, e está gradualmente assumindo um aspecto “autenticamente papuano”. As prioridades pastorais são a vida familiar, os jovens, a formação do clero e de leigos, a educação, os temas inerentes à justiça e a paz, a luta contra a Aids.
Um desafio notável é integrar a fé cristã na cultura local. Muitas escolas e hospitais, até há pouco tempo administrados por missionários, ampliaram-se e tornaram-se instituições de referência no território. (PA) (Agência Fides 22/06/2009)