Nova Délhi (Agência Fides) – A Índia está votando: os cidadãos da maior democracia são chamados a votar a fim de eleger 543 membros da 15ª legislatura de Lokh Saba, a Câmera baixa do Parlamento indiano. As eleições durarão até 13 de maio e foram divididos em cinco etapas em que participarão 714 eleitores.
Os candidatos mais importantes são o Partido do Congresso (atual ao governo) e o Bharatiya Janata Party (BJP), o partido nacionalista hinduísta que guiou a Índia nos cinco anos precedentes. Mas, segundo as pesquisas, ninguém dos dois partidos principais será capaz de governar sozinho, e então mais uma vez, serão indispensável e decisivos os “partidos regionais”, com os quais os dois partidos nacionais farão uma coalizão depois de 16 de maio, data em que se contarão os votos. Hoje os dois maiores candidatos para primeiro-ministro são: para o Partido do Congresso o atual primeiro-ministro Manmohan Singh (77 anos) e, para o BJP, Lalchand Kishenchand Advani (82 anos).
Os temas mais tocados na campanha eleitoral foram sobretudo os ligados ao terrorismo e à crise econômica. A Índia está lutando contra o terrorismo interno (constituído pelos grupos separatistas do nordeste e do noroeste) e contra uma ameaça externa perpetrada pelos grupos paquistaneses como demonstrou o atentado em Mumbai em novembro do ano passado.
Muito importante é a situação econômica. O crescimento do país diminuiu muito, enquanto as distâncias entre ricos e pobres aumenta sempre mais, aumentando as desigualdades e as necessidades.
Em vista das eleições, se levantaram as vozes dos cristãos indianos. As comunidades cristãs pedem de fato o pleno respeito de seus direitos, constitucionalmente garantidos mas de fato negados, recordando os desafios cruciais sobre a Índia como nação democrática, leiga e pluralista.
Em particular pedem: proteção de vida, de segurança e de propriedade; garantias de justiça social; reforço da própria autonomia de governo e participação aos processos de decisão; passos avante na justiça em geral e nas iguais oportunidades; acesso à educação; assistência médica de qualidade para todos, oportunidades ocupacionais e de desenvolvimento econômico e social; uma legislação que garanta o direito à terra; medidas de reabilitação e compensação para as vítimas das violências; aplicação de um modelo sobre os direitos humanos; soluções para criar justiça, paz e harmonia entre as várias componentes da sociedade; promoção e respeito pelos direitos das minorias; promoção de uma sociedade leiga que respeite a liberdade religiosa de todos os cidadãos. (PA) (Agência Fides 17/04/2009)