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Luanda (Agência Fides) - “Toda Angola espera com alegria a visita do Santo Padre. Em especial, percebe-se o fervor com o qual a Igreja, nas suas múltiplas expressões, está se preparando para a chegada de Bento XVI. Todos, dos Bispos a cada sacerdote, aos religiosos e ás religiosas, aos missionários, catequistas, jovens, de verdade, todos estão se empenhando para o bom êxito desta visita, num clima de alegria compartilhada”: é o que diz à Agência Fides Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias, Bispo de Cabinda e Presidente do Comitê preparatório da visita do Santo Padre a Angola, que respondeu a algumas perguntas da Fides.
Quais são as expectativas de Angola pela visita do Papa Bento XVI?
Em primeiro lugar, a visita de Bento XVI deve ser uma festa para todos. Queremos acolher o Santo Padre, fazendo com que ele sinta o calor da população angolana, queremos receber Bento XVI na tradição da festa angolana. Além disso, esperamos ansiosamente as palavras de paz e de reconciliação do Santo Padre, num País ainda sofredor por causa das feridas da guerra civil. Precisamos do seu conforto espiritual, das suas indicações morais sobre a justiça, a paz, a busca pelo bem comum, o progresso civil e espiritual.
Como a Igreja angolana se preparou para esse evento?
Em vista da visita de Bento XVI, a Igreja angolana organizou momentos de oração com um texto comum preparado para a ocasião. Em cada paróquia de Angola, todos os domingos, foi seguida uma catequese particular centrada sobre a figura do Pontífice. De domingo a domingo, abordou-se um aspecto particular da figura de Pedro: o ser Vigário de Cristo, o papel do Papa na Igreja universal, a sua relação com as Igrejas particulares e assim por diante, de modo a oferecer aos fiéis a possibilidade de compreender plenamente o significado da visita do Papa.
E do ponto de vista da organização?
Mesmo que a visita seja somente à capital, Luanda, todas as dioceses angolanas estão envolvidas. São esperados pelo menos 4 mil delegados de todas as dioceses do País e numerosos fiéis de toda Angola. Para receber estas pessoas a Igreja está fazendo um esforço notável. Foram mobilizadas as escolas católicas de Luanda, onde serão alojados os peregrinos que não residem na capital, foi organizada uma arrecadação de alimentos para assegurar as suas refeições, estamos disponibilizando serviços de higiene e um serviço de saúde e de pronto socorro. Na noite da chegada do Santo Padre a Angola, nas ruas de Luanda haverá uma procissão de quatro quilômetros que será concluída com uma Vigília de oração. Para preparar tudo isso é preciso muito trabalho, mas estamos fazendo tudo com grande alegria e com espírito de fraternidade. (L.M.) (Agência Fides 16/3/2009)
