Lahore (Agência Fides) – Ser missionário hoje no Paquistão significa “ser homem de diálogo, que realiza todos os esforços para a promoção social dos marginalizados, que testemunha Jesus Cristo todos os dias através do amor ao próximo”: é o que afirma o missionário de São Colombano pe. Pat MacCaffrey, que por três anos realizou no Paquistão uma missão, principalmente nas áreas tribais mais remotas do país.
“Vivi com os mais pobres entre os pobres – conta numa nota enviada à Agência Fides – ocupando-me de populações tribais como os parkari kohli (de religião hindu). São populações seminômades que vivem no deserto, lutam pela sobrevivência, sem usufruir de nenhum serviço social. Frequentemente, estão à mercê de grandes latifundiários que exploram o seu trabalho e que compram a sua liberdade”.
Pe. MacCaffrey, depois de uma experiência pastoral na diocese de Lahore, útil também para aprender o urdu, continuou o seu empenho missionário junto à população dos parkari kohli, na província de Sindh, no Sul do Paquistão, na fronteira com a Índia.
Naquela área, os missionários estão empenhados em obras sociais, na educação e na assistência médica. Além da promoção social das populações tribais, pe. MacCaffrey ocupou-se também na área das relações interreligiosas: formou uma organização interreligiosa, a “Colomba Community”, que reúne cristãos, hindus, muçulmanos, judeus, budistas, bahai. “Foi uma experiência muito útil, que mostra como a população paquistanesa é aberta, acolhedora, disposta ao encontro”, observa.
Fiéis de diversas comunidades reúnem-se com frequência em oração pela paz. E depois de 11 de setembro de 2001 e do desastre das Torres gêmeas, as comunidades se encontram no dia 11 de cada mês, para testemunhar o empenho comum pela reconciliação e a paz.
Essa experiência é um pequeno exemplo de convivência e de diálogo, que procura construir a convivência num país de maioria islâmica, tomado por manifestações de radicalismo e fundamentalismo religioso.
(PA) (Agência Fides 4/3/2009)