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Caracas (Agência Fides) – Os bispos do país lançaram vários apelos a todos os fiéis a fim de que participem, no domingo, 23 de novembro, das eleições num clima de paz, sem tensões e sem violências. Segundo os dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, cerca de 17 milhões de venezuelanos serão chamados a escolher 22 governadores e 328 prefeitos, além de 233 legisladores regionais, num total de 603 cargos. Cerca de 130 observadores internacionais e milhões de observadores nacionais presenciarão a realização das eleições. Além disso, serão empregados 7.500 membros dos 4 organismos militares.
O cardeal Jorge Urosa Sabino, arcebispo de Caracas, exortou o CNE a assumir durante as eleições, um comportamento democrático e de imparcialidade. Segundo o purpurado, o organismo eleitoral deve demonstrar que deseja o bem do país e que não responde a nenhuma parcialidade. Ao mesmo tempo o arcebispo pediu que os resultados das eleições sejam comunicados de maneira rápida e conforme a vontade manifestada pelos venezuelanos no pleito. “O CNE terá seu grande dia, 23 de novembro. Nesse dia deverá demonstra realmente ao país que tem um comportamento democrático e imparcial”.
O cardeal fez ainda um apelo ao voto, manifestando a importância de tomar parte do processo eleitoral porque “se escolhem as pessoas que administram o governo que estão mais próximas de nós”. E exortou aos venezuelanos a escolherem aqueles candidatos que ofereçam garantias de bom governo, “pela sua perspectiva, pela sua conduta e pelo seu comportamento”. A esperança do cardeal é de que os cidadãos possam exercer de maneira “realmente livre” o seu direito de votar. “Que não existem ameaças, nem vinganças contra os eleitores; nem pressões por parte de organismos públicos nem de entes privados, a fim de que se vote de maneira correta”, acrescentou o cardeal Urosa Sabino.
O presidente do Conselho Plenário da Venezuela, Mons. Ovidio Pérez Morales, exortou também os venezuelanos a exercerem o seu direito ao voto nas eleições de domingo, porque “não podemos esperar que construam o país, temos que construí-lo juntos, através da nossa participação”. O prelado explicou a importância destas eleições: “nesta circunstância nacional, na qual as eleições têm um caráter particular e atípico, porque não se trata somente de escolher bons candidatos, mas está em jogo algo mais, ou seja, o futuro deste país como nação democrática, tolerante e pluralista, ou um projeto comunista como o do socialismo do século XXI, que faliu no século passado”. Nesse sentido citou o documento da última Assembléia da Conferência Episcopal realizada em outubro, na qual se insistia sobre a obrigação moral de participa das eleições (ver Fides 17/10/2008).
Também o arcebispo de Coro e vice-presidente da Conferência Episcopal venezuelana, Dom Roberto Luckert, fez um apelo ao Conselho Nacional Eleitoral, a fim de que corrija as irregularidades até agora verificadas, e pediu para que seja mostrada rapidez no momento da difusão dos resultados. “Se queremos viver em democracia e liberdade, precisamos aperfeiçoar a democracia e, a única maneira é que todo cristão coerente faça seu dever votando em paz e em tranqüilidade”, afirmou Mons. Luckert, lembrando a todos o dever de participar do pleito. (RG) (Agência Fides 19/11/2008)
