Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Sidney (Agência Fides) – Para ter uma juventude animada por valores saudáveis, ideais e responsabilidade, é essencial para a sociedade recriar condições para o crescimento e o desenvolvimento harmônico da família, pondo novamente a família no centro tanto da Pastoral da Igreja, como das políticas sociais da nação. É o que afirma, em nota enviada à Agência Fides, o Card. George Pell, Arcebispo de Sidney, na véspera do Dia Mundial da Juventude, destacando que é essencial pôr Deus no centro para construir a felicidade do proprio núcleo familiar.
O Cardeal dirigiu-se principalmente à sociedade australiana, que agora vive o grande evento do DMJ, mas passa por uma crise de valores, de materialismo, hedonismo e consumismo que corrói a fé e gera pessoas que pensam somente no sucesso, no poder e no dinheiro.
O Cardeal listou os males que, atualmente, a instituição da família enfrenta na Austrália: carência de filhos (e taxa demográfica em queda, com envelhecimento da população); divórcios, com graves repercussões na serenidade e no crescimento da prole; troca freqüente de parceiro, em que prevalece uma mentalidade egoísta e individualista.
Segundo o Arcebispo de Sidney, atualmente a família enfrenta duas principais tentações: “A primeira é acreditar que se pode ter uma vida feliz fazendo menos de Deus; a segunda diz respeito ao conceito de sexualidade, matrimônio e família. Uma mentalidade corrente diz aos jovens que se pode viver com um estilo consumista também as relações humanas, que esta é a modalidade ‘moderna’, sem revelar os danos que essa abordagem produz na vida de cada um”.
O Cardeal também recordou a alta taxa de suicídios juvenis na Austrália, definindo-o “como um sinal perigoso, um grande paradoxo, numa sociedade considerada maravilhosa e com alto nível de bem estar”.
A tudo isso responde a mensagem de Cristo: “Os nossos jovens precisam de fé, esperança e amor. Se mostramos a eles somente promiscuidade, drogas e álcool, arruinamos as suas vidas”, ressaltou, auspiciando que o DMJ possa ser um momento para repensar e também de conversão para muitos jovens australianos.
(PA) (Agência Fides 15/7/2008)
