Harare (Agenzia Fides) - Guiné Equatorial e Zimbábue estão negociando um acordo petrolífero que contribuirá para enfrentar a penúria de carburante que atinge o Zimbábue
Fontes do governo da Guiné Equatorial afirmam que a negociação se baseia apenas em uma lógica comercial e que não existe alguma relação com o processo em andamento contra o mercenário inglês Simon Mann, acusado de participar de um complô para derrubar o governo do Presidente Teodoro Nguema.
O golpe foi desvendado quando os mercenários foram capturados em Zimbábue em 2004. Simon Man, um dos recrutadores do grupo de mercenários, foi extraditado recentemente na Guiné Equatorial.
Fontes governativas de Zimbábue confirmaram que o acordo foi aja assinado com o governo da Guiné Equatorial. O Presidente Mugabe recentemente confirmou o acordo durante sua campanha eleitoral em Bulawayo, segunda cidade do país.
Na semana passada, o governo iniciou em Bulawayo um sistema de subvenções para a compra de combustível que consentiu a redução das tarifas de 2 bilhões de dólares do Zimbábue para 500 milhões. E, Zimbábue, o índice de inflação é muito elevado: são precisos 30 bilhões de dólares zimbabuanos para comprar um dólar estadunidense, segundo a mais recente taxa de cambio. A Guiné Equatorial é um dos mais importantes produtores de petróleo da África e é um país governado desde 1979 pelo Presidente Teodoro Nguema Obiang.
Em previsão do segundo, contestado, turno eleitoral em Zimbábue, a chegada de um cargo de petróleo a “preço político” significa um respiro para o regime de Mugabe, sempre mais isolado em nível internacional.
(L.M.) (Agência Fides 24/6/2008)