Roma (Agência Fides) - São 36 os Países que mais se ressentem do forte aumento do custo dos alimentos. Destes, 21 são africanos, 9 estão na Ásia, 4 na América Latina e 2 na Europa. Foi o que divulgou um estudo da FAO, a agência alimentar das Nações Unidas, que definiu o mapa de uma emergência que é planetária (ver Fides 15/4/2008) e está nas primeiras páginas da imprensa internacional (ver Hoje na Internet). O International Herald Tribune abre com um artigo sobre a escassa produção australiana de arroz que ameaça os Países que dependem das exportações australianas. A queda da produção australiana de arroz, causada pelas secas, foi um dos fatores que provocaram a duplicação do preço internacional do cereal nos últimos 3 meses, causando protestos em diversos Estados, principalmente africanos. Um deles é o Senegal, cujo Presidente, Abdoulaye Wade, explica numa 'entrevista ao “Le Figaro” que o arroz, a partir da colonização, tornou-se o alimento básico dos senegaleses.
Segundo o relatório da FAO, o mapa da crise alimentar é o seguinte: Lesoto (seca); Somália (conflitos e condições climáticas adversas); Suazilândia (seca prolongada); Zimbábue (crise econômica, recentes inundações); Eritréia (fluxo interno de refugiados); Libéria (dificuldades pós-conflito); Mauritânia (seca prolongada); Serra Leoa (dificuldades pós-conflito); Burundi (guerra civil, fluxo de refugiados); República Centroafricana (refugiados); Chade (conflito interno e além fronteiras); República Democrática do Congo (guerra civil); República do Congo (refugiados); Costa do Marfim (guerra civil); Etiópia (colheita escassa); Gana (seca e enchentes); Guiné (refugiados); Guiné-Bissau (insegurança alimentar); Quênia (condições climáticas adversas, conflito civil); Sudão (guerra); Uganda (guerra civil no Norte). (L.M.) (Agência Fides 17/4/2008)