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Colombo (Agência Fides) - “Em Sri Lanka é tempo de construir pontes de paz e de reconciliação entre Norte e Sul, entre Leste e Oeste”: é o apelo feito numa conversa com a Agência Fides por Dom Mario Zenari, Núncio Apostólico no país.
O Núncio destacou que, num ano que se anuncia difícil e doloroso para a população, marcado pela interrupção da trégua e pela retomada do conflito em grande escala, “a comunidade católica, os Bispos, os padres, os religiosos, os leigos, são chamados para ser um símbolo de esperança, em meio à violência, à pobreza, ao despovoamento”. “Devemos meditar e assimilar a mensagem oferecida pelo Santo Padre na sua última Carta encíclica Spe Salvi e sermos um meio de esperança para a população sofrida da nação”, ressaltou o Núncio.
Dom Zenari repete há tempos a exortação “para construir pontes”, em suas contínuas visitas a diversas localidades do país. Visitando as comunidades locais e os projetos de reconstrução após o tsunami, o Núncio observou que “após dois anos, se chegou a um bom termo e em muitas áreas notam-se significativas realizações em favor dos mais pobres. Mas se o tsunami destruiu vias de comunicação físicas, como estradas e pontes, o conflito de vinte anos que ensangüenta o país rompeu as vias de comunicação humanas, gerando divisões e abrindo um fosso entre as pessoas, grupos, etnias. Este é o maior drama: por isso, os cristãos são chamados a inserir pontes de paz e reconciliação, para serem ‘pontífices’, a exemplo de Cristo. Ele é ponte entre o céu e a terra, entre Deus e a humanidade; e é também ponte entre todos os homens de história, cultura, línguas e nações diversas, através da sua mensagem de serviço e de amor”.
A comunidade católica de Sri Lanka, enquanto isso, ora incessantemente pela paz, numa campanha que segue adiante em todas as realidades eclesiais, em todos os níveis. Dom Gomis, Arcebisbo de Colombo, disse recentemente que “a guerra e a violência não são caminhos para se obter uma paz duradoura: é preciso encontrar uma solução política para a crise”.
(PA) (Agência Fides 18/1/2008)
