Tókio (Agência Fides) - Alegria e festa na Igreja japonesa: o Santo Padre Bento XVI assinou, em 1o de junho, o Decreto que reconhece mártires 188 sacerdotes, religiosos e leigos japoneses assassinados no Japão entre 1603 e 1639. A Conferência Episcopal Japonesa agora, de acordo com a Santa Sé, determinará a data da cerimônia de beatificação. O processo para a Beatificação abriu-se em 1996, por ocasião do 400o aniversário do martírio de Nagasaki.
A causa do Jesuíta Pe. Pietro Kassui Kibe e de seus 187 companheiros mártires e a primeira causa de Beatificação proposta dos Bispos japoneses e terá um significado especialmente importante para a comunidade católica do país do Sol Levante, sobretudo porque os 188 mártires são em maioria leigos, entre os quais mulheres e crianças, e apenas quatro são sacerdotes.
Eles morreram para defender seu direito de professar livremente a religião cristã, opondo resistência não-violenta a seus perseguidores. “Não eram ativistas de direitos humanos ou militantes políticos, que protestavam contra o regime. Eram apenas pessoas de profunda e genuína fé, que sacrificaram suas vidas por aquilo em que acreditavam. Eles nos dão muito o que pensar” - destacam os Bispos japoneses.
A Conferência Episcopal do Japõa nomeou uma Comissão preparatória para o evento, que se ocupará de redigir um programa com uma série de iniciativas, com vistas no grande evento da beatificação, uma grande oportunidade de testemunho para a Igreja japonesa.
Os católicos japoneses afirmam que os exemplos de mártires cristãos são um encorajamento para os missionários e para todos os cristãos no país do sol Levante, onde os católicos são minoria (450 mil fiéis locais e 550 mil imigrados, em 127 milhões de habitantes). Entre os mártires do Japão reconhecidos pela Igreja estão Paolo Miki e seus companheiros, Grazia Hosawaka, Ludovico Ibaragi, Michael Kozaki e Takayam Ukon.
(PA) (Agência Fides 5/6/2007)