Batticaloa (Agência Fides) - Enquanto o conflito civil produz todos os dias nova violência e vítimas, há tímidas tentativas de restituir à população cingalesa, especialmente aos habitantes do norte e leste do país, uma vida normal. O governo de Sri Lanka, com efeito, lançou um programa de retorno a favor de milhares de civis desabrigados na parte ocidental do distrito de Batticaloa, no leste da ilha, área que até pouco tempo atrás estava sob controle do “Liberation Tigers of Tamil Eelam” (LTTE). Prevê-se que nos próximos meses mais de 90 mil pessoas, que estavam desabrigadas no distrito de Batticaloa após duros combates, regressem a seus lugares de origem. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) está plenamente envolvido nesta operação de retorno.
Segundo os funcionários do Acnur que atuam na monitoração da situação, a maioria das pessoas deseja regressar para a própria casa, os retornos são voluntários e estão em sintonia com os padrões internacionais de proteção. Todavia, a Agência adverte que particular atenção deveria ser reservada às categorias de pessoas com necessidades específicas e pede ao governo que mantenha este processo gradual, que continue respeitando os padrões internacionais e garanta que o retorno continue a ser voluntário. No entanto, as agências das Nações Unidas tiveram pleno acesso ao oeste de Batticaloa para fornecer suporte às pessoas que regressarem. O Acnur está pedindo ainda ao governo para que acelere o acesso de outras agências humanitárias aos vilarejos do oeste de Batticaloa, de modo que possam desempenhar seus programas de assistência. O retorno a Batticaloa ocorrerá em três grupos de cerca de 30 mil pessoas cada um. Os refugiados serão transportados em ônibus a seus vilarejos de origem. Os funcionários governamentais locais estão efetuando o registro das pessoas interessadas no retorno, fornecendo-lhes documentos de identidade para garantir-lhes liberdade de movimento.
Além disso, estão sendo estudadas as formas de assistência mais adequadas para contribuir para o restabelecimento dos serviços fundamentais e para incentivar as atividades de sustento da área. (PA)(Agência Fides 16/5/2007)