ÁFRICA/NIGÉRIA - “As eleições presidenciais e legislativas se realizarão regularmente amanhã”, anuncia a Comissão eleitoral nacional

Sexta, 20 Abril 2007

Abuja (Agência Fides)- As eleições presidenciais e legislativas nigerianas se realizarão regularmente em 21 de abril. Foi o que anunciou a Comissão eleitoral nacional depois que o Action Congress (AC) e o All Nigeria Peoples Party (ANPP), os dois principais partidos de oposição, renunciaram a boicotar o pleito. Em 17 de abril, os dois partidos, junto a outras formações políticas menores, tinham ameaçado convidar os eleitores a não votar se o governo não acolhesse o pedido de anular as eleições locais de 14 de abril (veja Fides 13 de abril de 2007).
Um representante da oposição explicou que a ausência da boicotagem das eleições de amanhã é motivada pelo desejo de não querer “se tornar inconscientemente instrumento nas mãos do governo, no seu projeto de prolongar sua permanência no poder”.
O Partido Democrático do Povo (PDP), o partido do Presidente Olusegun Obasanjo, está em primeiro lugar na contagem dos votos. O pleito de 14 de abril vai eleger os governadores e os parlamentares locais dos 36 Estados da Federação. O PDP está em primeiro lugar em 26 Estados. A Comissão eleitoral anunciou até o momento os resultados definitivos do voto em 33 Estados e anulou o escrutínio no Estado de Imo, no sul.
Segundo os observadores internacionais, os Estados Unidos e a União Européia, o voto foi invalidado por fraudes e pelo clima de violência. Os Estados Unidos dirigiram apelos para que sejam garantidas a regularidade e a transparência do voto de amanhã.
Nos dias passados, na cidade de Kano, no norte do país, em violentos confrontos entre os policiais e um grupo de extremistas islâmicos, proveniente do vizinho Chade, ao menos 25 pessoas perderam a vida. Em toda Nigéria, devido às violências relacionadas ao pleito, foram assassinadas ao menos 50 pessoas.
Os principais candidatos à Presidência são: Umaru Yar'adua, candidato do partido no poder; Atiku Abubakar, ex-vice-presidente que passou à oposição, e Muhammadu Buhari, um general reformado muito popular por suas declarações contra a corrupção. (L.M.) (Agência Fides 20/4/2007)


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