ÁSIA/CHINA - A Santa Páscoa vivida com alegria e emoção pelos católicos chineses; um sacerdote de Pequim: “Perdi a voz entre confissões, celebrações, preparação aos ritos: nos cansamos muito, mas estamos contentes, porque colhemos os frutos da evangelização graças a Cristo Ressuscitado”

Pequim (Agência Fides) - Alegria e emoção caracterizaram a Santa Páscoa da comunidade chinesa. “Alegria porque Cristo, depois de tantos sofrimentos e uma paixão dolorosa, finalmente Ressuscitou, isso reflete a nossa experiência de fé e nos dá esperança. Emoção, porque ver tantos novos membros acolhidos na família cristã e o zelo da fé dos católicos provocou em nós uma grande comoção, além de conforto e amparo para acompanhar a Nova Evangelização.” Com essas palavras, pronunciadas com voz comovida, um sacerdote de Pequim contou à Agência Fides como viveram a Páscoa os católicos chineses. Com o cansaço pelas celebrações pascais, que se sente claramente na sua voz, o sacerdote continua: “Perdi a voz, assim como tantos outros sacerdotes: entre confissões, celebrações, preparação aos ritos nos cansamos muito, mas estamos contentes porque colhemos os frutos da evangelização graças a Cristo Ressuscitado”.
Em algumas regiões rurais, a celebração durou até mesmo cinco ou seis horas, “mas do primeiro momento até o final nunca se viu ou se lamentou o cansaço, existia somente a alegria - destaca o sacerdote -. Dentro e fora das nossas igrejas viram-se homens de todas as idades, anciãos, jovens, crianças, trabalhadores imigrantes, alguns deles com suas bagagens. A fé dessas pessoas impulsiona também a nós sacerdotes…”.
O sacerdote conta ainda a alegria por inúmeros novos membros da comunidade cristã, na maior parte adultos: “Os nossos catecúmenos e os neófitos são sempre mais numerosos, mais instruídos, famílias inteiras se batizam, estão presentes todas as faixas de idade. E, sobretudo, sua fé é mais sólida porque tantos fizeram um longa e aprofundada busca da vida espiritual, confrontando diversas religiões. No final, descobriram em Jesus Cristo o Caminho, a Verdade e a Vida absoluta, portanto se trata de uma fé profunda e convicta. Tudo isso representa também um novo desafio pastoral e evangelizador para a Igreja: sendo muito exigentes em tema de fé, os neófitos pedem uma forte coerência de vida à Igreja e aos fiéis”. Por fim, o sacerdote conclui com uma nota de esperança: “Somente na paróquia de S. Salvador de Pequim, houve mais de 150 batizados, e também nas outras paróquias resultam inúmeros batismos. Olhamos, portanto, ao futuro com a alegria de Cristo Ressuscitado e do Espírito Santo, aguardando com esperança a carta pastoral do Santo Padre Bento XVI”. (NZ)(Agência Fides 11/04/2007)