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Arua (Agência Fides) - “O Tríduo Pascal é a celebração mais importante na vida da comunidade cristã da diocese de Arua e também da minha vida pessoal, porque se conclui com os ritos da iniciação cristã dos adultos”, afirma à Agência Fides o pe. Tonino Pasolini, missionário comboniano, Diretor da Radio Pacis de Arua, em Uganda. “O caminho dos adultos que desejam fazer parte da comunidade cristã tem início no mês de junho e se conclui no Pentecostes do ano sucessivo: praticamente, um ano de caminho intenso que fazem juntos a seus padrinhos e madrinhas”, explica o pe. Tonino.
Este caminho se articula em várias etapas: depois dos primeiros 2-3 meses, aqueles que decidiram continuar são inscritos no livro dos catecúmenos. No primeiro domingo de Quaresma, aqueles que foram avaliados positivamente pela comunidade, por seu compromisso e preparação, são escolhidos para receber os sacramentos da iniciação cristã na Vigília Pascal. Depois da Páscoa, os neófitos (ou novos cristãos) continuam seu caminho de catequeses e de oração até Pentecostes. O Pe. Tonino destaca uma bela tradição que foi introduzida: “Durante os domingos do tempo Pascal, todos os neófitos vão às diversas comunidades de sua paróquia, inclusive aquelas mais distantes, para participar da liturgia dominical e para contar, no final da liturgia, seu caminho e sua história de salvação”.
No passado, o Tríduo Pascal era celebrado somente na igreja principal, onde havia o sacerdote, mas a maioria dos cristãos não tinha, assim, a possibilidade de vivê-lo. “Dez anos atrás preparamos um ritual para os Presidentes leigos da Liturgia que incluía também os ritos do Tríduo Pascal”, recorda o pe. Tonino. “Foi aprovado pelo Bispo local e, depois, pela Conferência Episcopal de Uganda. Organizamos então as traduções em três línguas e tantos cursos de formação para os leigos chamados a guiar a oração na ausência do sacerdote. Agora, o Tríduo é celebrado em todas as 865 capelas da diocese, e se tornou o momento mais importante do ano na vida dos cristãos.”
No Sábado Santo, após o pôr-do-sol, normalmente por volta das 19h30, a comunidade se reúne fora da capela para a bênção do fogo novo e para acender os círio pascal, cuja luz guia a comunidade dentro da igreja toda escura. Em seguida, se ouve a narração da história da salvação: tantos leitores se prepararam para proclamar os diversos trechos da Palavra de Deus, ao qual segue o canto dos salmos. “E, depois, a explosão do canto alegre do Aleluia - prossegue o pe. Tonino -. O grande momento é o batismo e a crisma dos neófitos, que depois recebem também, pela primeira vez, a Eucaristia. No decorrer da Vigília, todos os cristãos são convidados a renovar as promessas batismais, e enquanto na igreja ressoava o canto alegre do Aleluia, todos se aproximam da fonte batismal para imergir sua mão na água e para fazer o sinal da cruz. É difícil contar a alegria e a felicidade de todos nesta noite de Vigília”, conclui o missionário. (L.M.) (Agência Fides 4/4/2007)
