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Cidade do México (Agência Fides) - "É necessário repetir com força, e o fazemos hoje em nome da Igreja, que é imoral recorrer ao aborto em qualquer uma de suas formas, recomendá-lo, colaborar… com isso, se é cúmplice de uma ação gravemente injusta": é o forte apelo lançado em defesa da vida pelo Cardeal Norberto Rivera Carrera, Arcebispo de Cidade do México, ao Conselho Episcopal, a poucos dias do debate na Assembléia Legislativa do Distrito Federal para ampliar as possibilidade do aborto. Durante a Missa do Domingo de Ramos, o Cardeal defendeu energicamente o direito da Igreja de manifestar publicamente a sua opinião, especialmente diante das ameaças ou dos ataques contra a vida. A partir do momento que recebemos a vida do Nosso Deus e Pai, “a Igreja é contra este e outros crimes que atentam à vida, como os homicídios de qualquer gênero, os genocídios, o aborto, a eutanásia e o próprio suicídio voluntário". O Cardeal também convidou todos a fazer própria a cultura da vida e a converter-se e a agir como defensores e propagadores da vida.
No final da Missa do Domingo de Ramos, o Bispo Auxiliar da Arquidiocese, Dom Marcelino Hernández, leu uma declaração de todo o Conselho Episcopal a favor da vida. Os Bispos recordam que “todo homem foi confiado à solicitude materna da Igreja e, por isso, toda ameaça à vida do homem e à sua dignidade não pode não ressoar no seu coração e não pode eximi-lo de sua missão de servir o homem”. O Cardeal e os Bispos garantem que compreendem a angústia e o desespero das mulheres que se sentem abandonadas e, por isso, podem chegar a pensar que a única solução possível seja eliminar o pequenino que se desenvolve no seu ventre, mas consideram o aborto uma violência ainda maior do que o abandono, enquanto se tornam responsáveis de um ato que “as marcará irremediavelmente, enchendo-as de maior angústia e desespero”.
Por fim, os Bispos recordam uma exortação do Servo de Deus João Paulo II: “Nenhum mexicano deve ousar atentar contra a vida de um ser humano que se desenvolve no ventre de sua mãe”. (RG) (Agência Fides 3/4/2007)
