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Buenos Aires (Agência Fides) - Os Bispos da Região da Patagônia-Comahue (Diocese de Alto Valle, Comodoro Rivadavia, Neuquén, Río Gallegos, San Carlos de Bariloche e Viedma) publicaram uma Mensagem dirigida a todos os fiéis, por ocasião da Páscoa, no qual recordam primeiramente a alegria da Boa Nova da Ressurreição do senhor, que “ilumina e transforma a nossa realidade e a nossa história”, e pedem para manter esta dimensão profunda de nossa fé. Este será um ano muito importante porque haverá eleições em nível nacional, provincial e municipal, recordam os Bispos, que serão uma oportunidade para o empenho dos cidadãos. Exatamente para assumir esta responsabilidade, os Bispos da Patagônia indicam alguns princípios que “podem ajudar a iluminar a nossa decisão no momento de votar”.
Inicialmente, recordam que todos os fiéis podem optar pelo partido ou pela proposta que julgarem melhor para obter o bem geral, “desde que não contradiga a ordem moral baseada na dignidade e no respeito de todo ser humano”. O católico que participa da vida política não deve negar a sua fé e nem oculta-la, e nem utiliza-la com fins políticos ou de governo. “É dever dos batizados - continua a Mensagem - iluminando a suas mentes e consciências com a Doutrina Social da Igreja, agir livremente na vida pública, com responsabilidade, mesmo que isso possa levar a conflitos com situações de poder ou interesses pessoais”.
Depois de recordar “os grandes desastres econômicos e sócio-políticos das últimas décadas, que deixaram sinais na sociedade argentina”, os Bispos notam que “o nosso futuro continua a ser ameaçado por uma persistente perda de valores, por uma insistente campanha anti-natalidade, em um país rico e despovoado, e pela ausência de projetos humanizados”. “Estas luzes e sombras, em um momento histórico no qual a atividade política é desvalorizada, exigem dos cristãos que estão na política uma séria preparação, para elevar o nível do debate na Argentina, uma maior capacidade de propostas claras, uma abertura ao diálogo pluralista, uma clara identidade, que lhes permita uma participação plena, sem trair suas consciências”.
Os Bispos lançam um apelo àqueles que serão eleitos, a fim de que “assumam com grandeza de espírito, o que lhes é pedido. Que se esforcem em dar vida a um modelo social que garanta o crescimento sustentável, a defesa da vida, a proteção da família, a cultura do trabalho, a educação dos jovens, a preocupação com os pobres, a justa distribuição dos bens, a atenção aos valores que formam o nosso patrimônio cultural, a integração plena dos imigrantes, a igualdade de oportunidades para todos, o respeito do ecossistema”.
“Quantas ressurreições são necessárias em nossa querida Patagônia!” - concluem os Bispos. Ressuscitar das coisas que escravizam ou matam, das forças tenebrosas que prosperam com o tráfico de pessoas, concentra, os recursos em mãos de poucos e destroem inteiras famílias com o jogo, o álcool e as drogas”. Por isso, os Bispos desejam que esta Páscoa possa transformar os habitantes da Patagônia “em mulheres e homens repletos de paz e alegria, dispostos a colocar-se a serviço de seus irmãos”. (RG) (Agência Fides 29/3/2007)
