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Roma (Agência Fides) - A comunidade católica chinesa espalhada no mundo está aguardando com trepidação a carta do Santo Padre Bento XVI. Na conclusão da reunião realizada no Vaticano, nos dias 19 e 20 de janeiro de 2007, para analisar a situação da Igreja católica na China Continental, foi anunciado que o Santo Padre decidira enviar uma Carta aos católicos na China.
“A carta será um sinal histórico para a comunidade católica na China - conta um sacerdote de Pequim. Estamos em uma situação delicada (a relação entre China e Vaticano prossegue ou não? O exemplo do Vietnã pode ser útil? Como levar adiante a pastoral da comunidade?...), e assim, a palavra do Papa nos dará uma orientação. Por parte dos sacerdotes, existe também uma ulterior necessidade das indicações do Papa sobre como iluminar e guiar os fiéis, para iluminarmos a nós mesmos e o caminho de nossas comunidades. Acredito também que a carta do Papa ajudará a população chinesa em geral, ou seja, não só os católicos, a conhecer e compreender o Catolicismo. Todas as cartas escritas aos chineses tiveram sempre uma repercussão muito positiva”. O sacerdote conclui: “Esperamos que desta vez a carta saia também em chinês, para evitar interpretações erradas, como sempre aconteceu nestas circunstancias, ou como ocorre com as declarações da Santa Sé. Infelizmente, há sempre alguém que interpreta segundo os seus próprios interesses”.
Também a comunidade chinesa adverte esta expectativa. Um sacerdote que se ocupa da comunidade chinesa no Canadá disse: “Todas as cartas do Papa aos chineses suscitaram impacto positivo na vida da Igreja no mundo chinês. É um fato que todos conhecemos. Temos tantos contatos com a comunidade católica do continente e estamos pensando em como ajudar os fiéis chineses que vivem nas regiões mais remotas a receber o mais rápido possível a carta do Papa”.
Se por um lado, a carta ajudará certamente a compreender melhor o pensamento do Santo Padre sobre a realidade chinesa em geral, é verdade também que as antecipações sobre o seu conteúdo e sobre a data de sua publicação informadas pela mídia não respondem, em grande parte, aos critérios de autenticidade e de respeito. (NZ)(Agência Fides 29/03/2007)
