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Manila (Agência Fides) - A Igreja católica não dará seu apoio a algum candidato em especial, nas próximas eleições gerais, em 14 de maio. Não existe um “voto católico” que oriente os fiéis a escolher um determinado partido. O discernimento político deve ser feito singularmente, baseando-se no respeito dos valores cristãos como a vida, a família, a solidariedade, a tutela da dignidade da pessoa e dos direitos humanos. É o esclarecimento de Dom Angel Lagdameo, Arcebispo de Jaro e Presidente da Conferência Episcopal das Filipinas, intervindo no debate político, enquanto no país, teve início a campanha eleitoral.
Dom Lagdameo explicou que os fiéis católicos são livres de votar em qualquer candidato e partido, precisando que a Igreja não dará alguma indicação de voto, apenas um chamado geral sobre princípios e valores. “Esperamos que os católicos façam um discernimento e decidam pessoalmente em quem votar. Ditar uma indicação de voto aos fiéis seria um mal, equivaleria a comprar o seu consenso. E não faria que confirmar o mal-costume da compra e venda de votos” - afirmou o Presidente do Episcopado filipino.
Também outros Bispos, nos últimos dias, confirmaram esta posição, notando que a Igreja não vai apoiar algum candidato, mas fornecerá apenas um “guia moral aos fiéis” - destacou Dom Antonio Ledesma, Bispo de Cagayan de Oro e Vice-presidente da Conferência Episcopal, respondendo aos membros do movimento carismático “El Shaddai”, que haviam pedido aos Bispos para indicar nomes para a eleição ao Senado.
A Conferência Episcopal confirmou que não entrará em campo político, continuando, porém, a pronunciar-se no campo dos princípios. “O importante é que a decisão de voto não seja influenciada por armas, violência ou dinheiro” - sublinharam os Bispos, mas seja inspirada em princípios como a primazia da pessoa, a centralidade da família, o respeito da criação, e o bem comum. O Arcebispo de Manila, Card. Gaudencio Rosales fez um chamado a votar candidatos que promovem o respeito do meio-ambiente, notando a importância que a “Mãe Natureza não seja dessacralizada, contaminada e destruída pela apatia, a sede de lucro, o materialismo e o abuso de seus recursos preciosos”. (PA) (Agência Fides 29/3/2007)
