ÁSIA - Os cidadãos asiáticos ainda acreditam no casamento “para toda a vida”

Quinta, 15 Fevereiro 2007

Jacarta (Agência Fides) - O matrimônio ainda tem seu valor na Ásia. É o que emerge de uma recente pesquisa realizada pela empresa multinacional A.C. Nielsen, especializada em sondagens e pesquisas de mercado em nível internacional.
A pesquisa levou em consideração 25 mil entrevistados em 46 países do mundo, em no que se refere à Ásia, revelou que 70% dos indagados ainda acredita no valor e na prática do matrimônio como “união para toda a vida”.
No alto da classificação emersa da pesquisa, estão os cidadãos indonésios, de religião cristã e muçulmana. 97% deles responderam acreditar na visão do matrimônio como relação homem-mulher, que dura eternamente, abençoada por Deus. Ainda na faixa alta da lista, estão os turcos (92%) e os filipinos e malaios (ambos com 89%).
As percentagens são contrastantes com os resultados obtidos em continentes como a Europa e a América, onde os índices são significativamente mais baixos. Segundo os observadores, isto significa que, embora a gradual difusão dos modelos culturais materialistas, secularizados e consumistas, alguns valores religiosos permanecem enraizados na mentalidade e na vida dos cidadãos asiáticos, mesmo que de religiões diferentes.
Na Ásia, porém, assinalam-se também algumas práticas que no âmbito da vida matrimonial, violam os direitos individuais, especialmente das mulheres: na Índia, por exemplo, registram-se matrimônios organizados entre crianças de até seis anos. No Paquistão, ainda é comum o “delito de honra”, que dá ao homem legitimidade para matar a própria parceira. Em Bangladesh, algumas mulheres são desfiguradas com ácido por homens por motivos considerados fúteis. São comuns também os casamentos entre parentes, o seqüestro de mulheres, e também se nota uma escassa informação sobre as doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids. (PA) (Agência Fides 15/2/2007)


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