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Rocca di Papa (Agência Fides) - “O Congresso foi uma particular experiência da Igreja na variedade e diversidade de carismas que o Espírito Santo lhe concede hoje; nesses dias, não se tratou somente ou principalmente dos Movimentos eclesiais e das novas comunidades. Tivemos sempre diante dos olhos a grande causa da Igreja, a evangelização do mundo contemporâneo.” Assim, o Arcebispo Stanisław Ryłko, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, iniciou a sua intervenção conclusiva no Congresso Mundial dos Movimentos eclesiais e das novas Comunidades, que se realizou em Rocca di Papa de 31 de maio a 2 de junho. “Neste Congresso, fixamos o olhar sobre o mais belo ícone da Igreja: o Cenáculo, com os Apóstolos reunidos com Maria, sobre os quais desceu o Espírito Santo”.
Dom Rylko destacou a comunhão com o Sucessor de Pedro, “fundamental pilar de eclesialidade dos movimentos”, e repropôs como “programa de vida e de ação” para o caminho futuro, a Mensagem enviada pelo Papa Bento XVI aos participantes do Congresso. Dela, evidenciou os seguintes pontos: que os Movimentos “sejam sempre escolas de comunhão, companhias a caminho nas quais se aprende a viver na verdade que Cristo nos revelou e comunicou por meio do testemunho dos Apóstolos”; “Levem a luz de Cristo a todos os ambientes sociais e culturais em que vivem”; “Levem a este mundo turbado o testemunho da liberdade com o qual Cristo nos libertou. A extraordinária fusão entre o amor de Deus e o amor do próximo torna bela a vida e faz reflorescer o deserto no qual muitas vezes nos encontramos a viver”; “Tornem-se construtores de um mundo melhor segundo a ordo amoris na qual se manifesta a beleza da vida humana”;
“Os Movimentos eclesiais e as novas Comunidades são hoje sinal luminoso da beleza de Cristo e da Igreja, sua Esposa e pertencem à estrutura viva da Igreja”; “Cada problema deve ser enfrentado pelos movimentos com sentimentos de profunda comunhão, em espírito de adesão aos legítimos Pastores”.
Sobre o tema do Congresso - “A beleza de ser cristão e a alegria de comunicá-la” - Dom Rylko afirmou que da beleza de Cristo não se deve ser somente admiradores, mas é preciso “deixar-se seqüestrar”, seduzir, para chegar a decidir-se pela seqüela. Como se comunica aos outros homens a beleza de Cristo? “É na santidade que se manifesta de modo mais forte. Basta olhar para Maria, a ‘tota pulchra’”. Por conseguinte, quanto à fidelidade ao carisma originário, o Arcebispo advertiu: “O cansaço, a rotina, estão sempre à espreita. Os movimentos não estão imunes desses riscos. Aquele primeiro ímpeto gerado pelo carisma originário deve durar. A paixão pelo Reino de Deus nunca deve perder força. Por isso, é necessária uma constante conversão de coração: é preciso redescobrir este primeiro amor que impeliu à seqüela radical de Jesus Cristo”.
Dom Rylko concluiu com um novo apelo ao envio missionário: “Viemos aqui não somente para refletir, mas para dizer no final: ‘Eis, Senhor, envia-me’. É na missão que se encontra a verificação do amadurecimento eclesial dos Movimentos. Será o Papa amanhã a dizer-nos as palavras do envio missionário. É a Igreja que nos manda, é Cristo que nos manda para a missão.” (S.L.) (Agência Fides 3/6/2006)
