ÁFRICA - Prosseguem febrilmente as obras para a constituição de uma universidade católica na Zâmbia e em Malauí, até 2006

Sexta, 23 Setembro 2005

Lusaka (Agência Fides) - Em 2006, a África terá duas novas universidades católicas. A Conferência Episcopal da Zâmbia e a do Malauí estão trabalhando ativamente para abrir dois novos ateneus católicos em seus Países.
“É um projeto seguido por duas comissões especialmente criadas pelos Bispos” dizem fontes da Igreja local. “Graças a seus esforços, está previsto que seja na Zâmbia como em Malauí sejam construídas duas novas universidades católicas até o fim de 2006”.
“As dificuldades a se superar ainda são diversas, mas o projeto foi muito incentivado pelas autoridades locais, que apreciam as atividades educacionais promovidas pela Igreja, e acreditam que a criação de dois novos ateneus representa uma forte contribuição educacional e cultural, com boas repercussões para a ocupação” - dizem fontes locais.
“Até o momento, está prevista uma faculdade para cada ateneu: em Malauí, para a Educação, e na Zâmbia, a faculdade de Administração. No primeiro país, os Bispos quiseram dedicar maior importância à preparação de novos professores, enquanto na Zâmbia, preferiu-se priorizar uma preparação mais ligada à profissionalização”.
“Um aspecto importante - continuam as fontes é que as duas Conferências Episcopais querem financiar os ateneus utilizando recursos locais, ou seja, limitando a contribuição de financiamentos do exterior. Trata-se de uma decisão que reflete a intenção das Igrejas africanas de ser cada vez mais autônomas do ponto de vista financeiro, e de formar parcerias com as universidades católicas de outros Países”.
Em Malauí, a universidade católica surgirá em Blantyre, o maior centro econômico do País. “A decisão de estabelecer uma universidade católica destaca nosso esforço em promover uma correta formação dos professores” - afirmou Dom Tarcizius Ziyaye, Arcebispo de Blantyre. A faculdade formará os professores para o ensino primário e secundários, em disciplinas literárias e científicas, além de um curso de láurea em Ciências Sociais (economia, ciências políticas, welfare e sociologia).
Há uma grave carência de professores em Malauí: somente 43 mil, com uma demanda de 54 mil para a escola primária. Para a secundária, são precisos 27 mil, enquanto existem 9 mil disponíveis.
(L.M.) (Agência Fides 23/9/2005)


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