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San Salvador (Agência Fides) – Os salvadorenhos lembrarão os jesuítas mortes 21 anos atrás, pelas mãos dos militares, com uma série de atividades culturais e uma procissão histórica tradicional das “Pequenas Lanternas” (farolitos). "Durante todo o dia 13 de novembro, grupos e inteiras comunidades que desenharão tapetes com sal em toda a Universidad Centroamericana (UCA)" – disse aos jornalistas o vice-diretor do “Centro Dom Romero”, Rafael de Sivatte, que deu a notícia sobre a marcha dos "farolitos", da celebração de uma missa e de uma vigília. Segundo Rafael de Sivatte estão sendo esperadas durante todo o dia cerca de 10.000 pessoas de "todas as partes do país, camponeses e intelectuais", assim como visitantes provenientes dos Estados Unidos, da Espanha e países da América Central. De faro, cinco dos jesuítas mortos eram espanhóis.
Durante a vigília serão lidas algumas poesias, além de cantos e danças locais. "Com estas atividades se procura manter viva a sua memória e sua presença. A sua escolha cristã em favor dos pobres é ainda viva, não morreu" – disse Sivatte explicando que "em 16 de novembro será feito um ato sóbrio, um ato acadêmico universitário”, geralmente é celebrada uma missa da qual participam cerca de 1.200 pessoas.
As atividades comemorativas iniciaram na semana passada, com uma mostra bibliográfica em memória dos mártires jesuítas junto da Biblioteca da UCA. Entre os eventos culturais está também a participação da Pontifícia Universidade Javeriana de Bogotá, Colômbia, com um documentário intitulado “Chile”.
Os 6 jesuítas assassinados em 16 de novembro de 1989 eram 5 espanhóis e um salvadorenho, foi também assassinada a cozinheira deles e a filha dela. O massacre foi uma vingança contra a posição crítica dos sacerdotes em relação ao grupo Atlacatl do exército salvadorenho, quando se combatia contra a Frente Farabundo Marti de Liberacion Nacional (FMLN). Esta organização tornou-se partido político e desde junho governa o país. (CE) (Agência Fides 13/11/2010)
