AMÉRICA/EL SALVADOR - A Igreja apóia o projeto de lei que pune a participação em bandos e esquadrões da morte

São Salvador (Agência Fides) – A Igreja católica em El Salvador apoiou o projeto de lei apresentado pelo governo, que pune a participação em bandos e esquadrões da morte. “Parabenizo o Presidente Mauricio Funes e o executivo pela proposta de lei "antimaras", que creio ser uma boa resposta” – disse em sua habitual coletiva dominical à imprensa o Arcebispo de São Salvador, Dom José Luis Escobar Alas, sobre a “Lei de proibição de bandos ou maras e esquadrões da morte”.
Embora reconheça que a normativa não resolverá tudo, o Arcebispo destacou que é preciso tentar “melhorar o aspecto jurídico e judiciário e os inquéritos criminais”. Ao ler uma carta aberta ao presidente Funes, Dom Escobar Alas afirmou que os Bispos do País expressaram novamente a sua “profunda preocupação com a violência registrada em El Salvador, e declarou que os Pastores acompanham “muito de perto aqueles que sofrem por esta chaga”, que causa uma media cotidiana de 13 mortes violentas.
O governo apresentou ao Parlamento uma lei de nove artigos, que proíbe “a existência, a legalização, o financiamento e o apoio a grupos, associações ou organizações ilegais, conhecidos como Maras ou bandos e esquadrões da morte, como as conhecidas Mara Salvatrucha, ou MS-trece, Pandilla Dieciocho, a Mara Maquina, Mara Mao Mao, a Sombra Negra e o XGN”. O governo também propôs modificar o código penal para aumentar as multas para os membros destes grupos, concordando penas de cerca oito anos de prisão. “A Lei anti-maras deve ser debatida profundamente e tomadas as decisões melhores sobre este tema tão delicado” – disse Dom Escobar Alas.
Somente no ultimo mês, verificaram-se numerosos episódios de violência, nos quais os bandos (maras) atacaram ônibus públicos e queimaram mais de 18 veículos. No último episódio (veja Fides 30.06.2010), mais de 10 pessoas foram queimadas vivas.
(CE) (Agência Fides, 13/07/2010)