AMÉRICA/BOLÍVIA - A Bolívia em missão permanente prepara-se para as eleições de 6 de dezembro; o Cardeal Terrazas pede que “seja a consciência a nos comandar, e não o medo ou o temor”

Terça, 17 Novembro 2009

Santa Cruz (Agência Fides) – O Arcebispo de Santa Cruz, o Cardeal Julio Terrazas, pediu que o voto de todos os bolivianos nas próximas eleições não seja fruto do medo, mas um ato segundo a sua consciência: "Devemos começar a preparar a nossa consciência de modo que, quando chegar o momento de dar o nosso voto, seja a consciência a nos comandar e não o medo ou o temor".
"Nesses dias, há algo que nos faz pensar que podemos cultivar a esperança. É o entusiasmo que vemos em todos que vão ora atrás de um, ora atrás de outro. Ouve-se falar das qualidades, mas , em seguida, dos defeitos. Muitos aplausos, mas pouco depois também insultos. Em meio a tudo isso que vemos, nós cristãos, fiéis, devemos saber que nenhuma palavra substitui a palavra de Deus, que nenhuma palavra que chega à nossa consciência pode ofuscá-la, absolutamente nada (mesmo as coisas feitas com entusiasmo) pode nos fazer esquecer que nascemos para coisas maiores, para coisas muito mais profundas e que permanecem no tempo" assinalou o Cardeal.
O Arcebispo recordou a impressão de João Paulo II: "Sim à fome de Deus. É exatamente isso que nós devemos fazer, colocar em prática, precisamos preencher e satisfazer essa fome. Mas não à fome de pão! Eis onde deve estar o nosso empenho para pôr um fim a todos esses obstáculos: à promoção e a dignidade de cada pessoa nos lugares em que vivem". "Que o Senhor da vida, expressão que continuamente eu sei que repetem os nossos sacerdotes e os nossos catequistas, que o Senhor da vida, assim, manifeste a nós o Seu amor para nos dar uma vida abundante, para fazer com que a missão permanente torne-se realmente um dom total do pão da vida, o pão da verdade e o pão da justiça”.
Na Bolívia, as eleições gerais serão no dia 6 de dezembro e a Igreja Católica por meio dos Bispos e dos Sacerdotes, está pregando a necessidade de uma preparação baseada na doutrina social da Igreja. A Igreja tem alguns pontos chave, aos quais não se pode renunciar: o direito à vida desde a concepção, o direito dos pais de educar os próprios filhos, o direito a ter instituições de educação, o direito de tudo o que manifesta a liberdade de pensamento, o direito de que a Igreja católica possa continuar o seu trabalho. É preciso, portanto, concentrar-se nesses pontos chave que são também parte de tudo aquilo que é justiça social. (CE) (Agência Fides 17/11/2009)


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