ASIA/CORÉIA DO SUL - Os Bispos abraçam a campanha de médicos e obstetras contra o aborto

Sexta, 6 Novembro 2009

Seul (Agência Fides) – Não ao aborto, prática difundida legalmente e ilegalmente na Coréia: a Comissão para a Bioética da Conferência Episcopal coreana manifestou o seu apoio público à campanha antiaborto de um grupo de organizações pró-vida das quais fazem muitos médicos e obstetras coreanos.
As organizações divulgaram um manifesto, enviado à Agência Fides, no qual declaram a sua preocupação com o fenômeno dos abortos, legais e ilegais, chamando para a causa toda a sociedade, para deter tais práticas contra a vida nascente.
“A Conferência Episcopal acolhe e aprova esta corajosa tomada de posição dos médicos e dos obstetras contra os abortos. Esperamos que a sua decisão seja para a sociedade uma oportunidade para iniciar una reflexão que ilumine o mistério da vida humana e construa uma cultura da vida”, afirma a Comissão em nota enviada à Fides. “A vida humana – continua – deve ser respeitada e protegida desde a sua concepção até o seu fim natural. Ao abordar as questões do aborto e da destruição de embriões, a nossa sociedade ficou, muitas vezes, em silêncio e passiva. Por isso, aprovamos o apelo de médicos e obstetras que dão voz a um movimento anti-aborto”.
Segundo os Bispos coreanos, “uma vez que o governo tem o dever de proteger os seus cidadãos, deveria fazê-lo também em relação à vida humana nascente, modificando parte do Documento sobre os cuidados maternos e infantis que, de fato, estimula o aborto”. Além disso, assinala a Comissão, toda a sociedade coreana deveria iniciar, em seus diversos âmbitos, uma profunda reflexão sobre o valor e o respeito pela vida humana.
O aborto é legal na Coréia do Sul desde 1972. É disseminada, porém, a prática ilegal do aborto seletivo, para as famílias que querem filhos somente do sexo masculino. Segundo dados do movimento pró-vida “Life 31”, na Coréia do Sul são realizados 4.000 abortos por dia, e são, assim, mais de 1,5 milhões as crianças que, a cada ano, deixam de nascer. (PA) (Agência Fides 6/11/2009)


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