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Praga (Agenzia Fides) – No sábado dia 26, às 18h, o último compromisso do Santo Padre em seu primeiro dia de visita pastoral à República Tcheca teve lugar no final desta tarde, na Catedral dos Santos Vito, Venceslau e Adalberto, onde presidiu às Vésperas com bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas, seminaristas e movimentos leigos.
“Queridos irmãos e irmãs, que o Senhor dê a vocês o dom de serem o sal do qual fala o Evangelho, aquele que dá sabor à vida, para ser fiéis operários na messe do Senhor”, exortou o Santo Padre na homilia, dirigindo-se aos presentes com as seguintes palavras: “Cabe a vocês bispos e sacerdotes, trabalhar incansavelmente pelo bem daqueles que são confiados aos seus cuidados. Se inspirem sempre na imagem evangélica do Bom pastor... Queridos consagrados, com a profissão dos conselhos evangélicos vocês colocam o primazia que Deus deve ter na vida do ser humano, e vivendo em fraternidade, vocês testemunham o quanto enriquecedor seja a prática do mandamento do amor. Fiéis a esta vocação, vocês ajudarão os homens e as mulheres de nosso tempo a se deixarem atrair por Deus e pelo Evangelho de seu Filho. E vocês, queridos jovens que estão nos seminários ou nas casas de formação, procurem adquirir uma sólida preparação cultural, espiritual e pastoral. Neste Ano Sacerdotal, que proclamei para comemorar os 150 anos da morte de São João Maria Vianney, que ele seja para vocês exemplo de Pastor totalmente dedicado a Deus e às almas, plenamente consciente que o seu ministério, animado pela oração, era o seu caminho de santificação”.
Na homilia o papa recordou “a rica história de fé e de tradição cristã do seu país; uma história iluminada, em particular, pela fidelidade daqueles que sigilaram a sua adesão a Cristo e à Igreja com o martírio”. Além dos santos Venceslau, Adalberto, João Nepomuceno e São Vito, Bento XVI recordou so dois arcebispos do século passado, os cardeais Josef Beran e František Tomášek, e de tantos bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e fiéis, que resistiram com heróica firmeza à perseguição comunista, chegando até o sacrifício da vida”. Estes “corajosos amigos de Cristo” tiraram a força para testemunhar do Evangelho, de fato “o heroísmo das testemunhas da fé recorda que somente no conhecimento pessoal e da união profunda com Cristo é possível adquirir energia espiritual para realizar plenamente a vocação cristã. Somente o amor de Cristo torna eficaz a ação apostólica, sobretudo nos momentos de dificuldade e de prova. Amar Cristo e os irmãos deve ser a característica de todo batizado e de toda comunidade”.
O Pontífice então exortou a corresponder ao amor em cada paróquia e comunidade, nas diversas associações e movimentos, e a alimentar esse amor de Cristo “com a oração e a escuta da sua palavra” para serem “artesãos de unidade e de paz em cada ambiente”.
Diante da dificuldade de viver e testemunhar o Evangelho, em uma sociedade ainda marcada pela ideologia ateia e muitas vezes “fascinada pela mentalidade moderna do consumismo hedonista, com uma perigosa crise de valores humanos e religiosos e a deriva de um disseminado relativismo ético e cultural”, o Papa exortou a “um renovado empenho de todos os componentes eclesiais para fortalecer os valores espirituais e morais na vida da sociedade atual”. “Que a vossa atividade pastoral abrace com um zelo especial a área da educação das novas gerações. Que as escolas católicas promovam o respeito pelo homem; dediquem atenção à pastoral juvenil também fora do âmbito escolar, sem deixar de cuidar dos outros fiéis. Cristo é para todos!” (S.L.) (Agência Fides 28/9/2009)
