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Cidade do Vaticano (Agência Fides) – A Videomensagem enviada aos participantes da Reunião da ONU sobre as mudanças climáticas, realizada em 22 de setembro em Nova York, retoma as palavras pronunciadas pelo Santo Padre Bento XVI sobre este assunto, durante a audiência geral de quarta-feira, 26 de agosto.
Convidando a refletir sobre a relação existente entre “o Criador e nós, como guardiões da sua criação”, o Papa disse: “A terra é dom valioso do Criador, que projetou os seus ordenamentos intrínsecos, dando-nos, assim, os sinais orientadores aos quais devemos nos ater como administradores da sua criação. É justamente a partir dessa consciência, que a Igreja considera as questões ligadas ao ambiente e à sua proteção intimamente ligadas com o tema do desenvolvimento humano integral”. Sendo assim, Bento XVI recordou a Encíclica “Caritas in veritate”, em que se afirma "a urgente necessidade moral de uma solidariedade renovada" (n. 49) uma vez que “o ambiente natural é dado por Deus a todos, e o seu uso comporta uma responsabilidade pessoal nossa para com toda a humanidade, especialmente para com os pobres e as gerações futuras”.
“Como é importante, então, – prossegue a Videomensagem – que a comunidade internacional e cada governo saibam dar os sinais certos aos seus cidadãos para combater de modo eficaz as maneiras de utilizar o ambiente que são prejudiciais a ele! Os custos econômicos e sociais em consequência da utilização dos recursos ambientais comuns devem ser reconhecidos de modo transparente e assumidos por aqueles que os causam e não por outras populações ou pelas gerações futuras. A proteção do ambiente e o cuidado com os recursos e o clima exigem que os responsáveis internacionais ajam em conjunto no respeito à lei e promovendo solidariedade, principalmente em relação às regiões mais vulneráveis da terra (cfr Caritas in veritate, 50). Juntos, poderemos construir um desenvolvimento humano integral em benefício dos povos, presentes e futuros, um desenvolvimento inspirado nos valores da caridade na verdade. Para que isso aconteça, é indispensável transformar o atual modelo de desenvolvimento global em uma maior e compartilhada admissão de responsabilidade em relação à natureza: isso é exigido não só pelas emergências ambientais, mas também pelo escândalo da fome e da miséria”.
Enfim, o Santo Padre incentiva todos os participantes da Reunião da ONU a participar da discussão "de forma construtiva e com generosa coragem”, uma vez que somos todos chamados “a exercer uma gestão responsável da Criação, a utilizar os recursos de tal modo que cada indivíduo e a comunidade possam viver com dignidade” e possam, assim, desenvolver “a aliança entre o homem e o ambiente, que deve espelhar o amor criador de Deus". (S.L.) (Agência Fides 25/9/2009)
