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Castel Gandolfo (Agência Fides) – “Falando de paz, o pensamento vai, em primeiro lugar às regiões do Oriente Médio. Aproveito a ocasião para anunciar a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a África, convocada por mim de 10 a 24 de outubro de 2010, sobre o tema “A Igreja Católica no Oriente Médio: comunhão e testemunho: A multidão de fieis era um só coração e uma só alma” (At 4,32)”. São as palavras com as quais o Santo Padre Bento Xvi anunciou a próxima Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos, durante o encontro com os patriarcas e os arcebispos orientais, em 19 de setembro.
“Damos graças a Deus por esta reunião de caráter informal”, disse o papa, que nos permite ouvir a voz das Igrejas que vocês servem com admirável abnegação, e reforçar os vínculos de comunhão que as ligam à Sé Apostólica”. O Santo Padre recordou a primeira etapa de sua “ideal peregrinação no coração do Oriente cristão”, em 24 de abril de 2005, no túmulo de São Pedro, no início do pontificado, do qual este encontro constitui “uma outra significativa etapa” e que sublinhou o pontífice, “é minha intenção prosseguir”, respondendo às diferente solicitações de um “contato mais freqüente com o Bispo de Roma” para tornar sempre mais forte a comunhão das Igrejas orientais com o Sucessor de Pedro e examinar juntos temáticas de particular importância.
“Sinto como meu dever promover, ressaltou o papa, aquela sinodalitá tão querida à eclesiologia oriental e saudada com apreciação pelo Concílio Ecumênico Vaticano II”. Citando o Decreto conciliar Orientalium Ecclesiarum, e a Exortação apostólica Oriental Lumen de João Paulo, o Santo Padre renovou o desejo que as Igrejas Orientais Católicas “floresçam” para realizar “com renovado vigor apostólico a missão a eles confiada... promover a unidade de todos os cristãos, especialmente orientais, segundo o decreto sobre o ecumenismo... (Orientalium Ecclesiarum, 1). Então sublinhou: “O horizonte ecumênico é muitas vezes conexo ao inter-religioso. Nestes dois âmbitos é a Igreja que precisa de experiência de convivência que as suas Igrejas amadureceram desde o primeiro milênio cristão”.
Como informa um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, o Santo Padre Bento XVI, acolhendo o desejo expresso em várias circunstâncias pelos patriarcas e arcebispos maiores católicos num encontro que se realizou em 19 de setembro de 2009 na residência apostólica de Castel Gandolfo. Estavam presentes, com o Santo Padre , o Cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, o Cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as igrejas Orientais, com alguns colaboradores e os “Chefes e Padres” de todas as Igrejas Orientais católicas em comunhão com o Bispo de Roma. O Santo Padre abriu a reunião com a oração e dirigiu aos prelados palavras de boas-vindas. Então intervieram todos os patriarcas e os arcebispos, que agradeceram Sua Santidade pela iniciativa e sublinharam os dois aspectos da fidelidade que os distingue: a ligação com o patrimônio do Oriente cristão e a ligação com o Sucessor de Pedro, como Pastor universal, com seu carisma de unidade na verdade e no amor. Apresentaram questões particulares e alguns problemas gerais, como o fenômeno migratório, fazendo atenção ao contexto ecumênico e inter-religioso em que as Igrejas vivem. Al final, o Santo Padre sintetizou as intervenções, oferecendo apropriadas orientações, e deu a todas as Igrejas Orientais católicas a bênção apostólica. Em preparação ao encontro com o papa, na tarde de sexta-feira 18 de setembro, os patriarcas e os arcebispos participaram de uma reunião com o Cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, onde se pronunciou o Cardeal Leonardo Sandri com alguns colaboradores da Congregação para as Igrejas Orientais. (S.L.) (Agência Fides 21/9/2009)
