VATICANO - Bento XVI em Bagnoregio (4) - “Neste Ano Sacerdotal gostaria de convidar especialmente os sacerdotes a praticarem a escola deste grande Doutor da Igreja a fim de aprofundar seus ensinamentos de sabedoria arraigada em Cristo”

Bagnoregio (Agência Fides) – Após deixar o Santuário de Nossa Senhora do Carvalho, o Santo Padre chegou de helicóptero a Bagnoregio, onde na Catedral de São Nicolau venerou a Relíquia do "Sagrado Braço de São Boaventura. Logo depois, na Praça Santo Antônio, se realizou o encontro com os cidadãos de Bagnoregio, e no final o papa voltou a Castel Gsandolfo.
Em seu discurso, Bento XVI saudou as autoridades religiosas, civis e militares e todos os presentes, e recordou a apresentação que Giovanni Fidanza, que se tornou frei Boaventura, fez de si na Divina Comédia, sublinhando como "nas importantes tarefas que teve de realizar na Igreja propôs sempre o cuidado com a realidade temporal ao bem espiritual das almas. Em Bagnoregio, ele passou a sua infância e adolescência, e seguiu depois São Francisco... Com o Pobrezinho de Assis soube estabelecer uma ligação profunda e duradoura, atraindo dele inspiração ascética e gênio eclesial.
O Santo Padre prosseguiu: "Não é fácil sintetizar a ampla doutrina filosófica, teológica e mística deixada por São Boaventura. Neste Ano Sacerdotal gostaria de convidar especialmente os sacerdotes a se a praticarem a escola deste grande Doutor da Igreja a fim de aprofundar seus ensinamentos de sabedoria arraigada em Cristo. Da sabedoria, que floresce em santidade, ele orienta todo passo de sua especulação e tensão mística. Na recordação deste profundo homem que buscou e amou a sabedoria, gostaria de expressar encorajamento e estima para o serviço que, na comunidade eclesial, os teólogos são chamados a tornar aquela fé que busca o intelectual, aquela fé que é amiga da inteligência e que se torna vida nova segundo o projeto de Deus".
Delineando algumas pistas de reflexão, que vieram no rico patrimônio doutrinal e místico de São Boaventura, Bento XVI recordou que "Ele foi, em primeiro lugar, um incansável homem que buscou a Deus desde quando freqüentava os estudos em Paris, e continuou a sê-lo até a morte". Em seus escritos indica o itinerário a ser percorrido, que é um "percurso de fé com compromisso", que "envolve toda a pessoa para chegar, por meio de Cristo, ao amor transformador da Trindade".
O papa prossegui: "Além de ser um homem que buscou a Deus, São Boaventura foi seráfico cantor da criação que, na seqüela de São Francisco, começou "a louvar Deus em todas e por meio da criação", onde resplandece a onipotência, a sabedoria e a bondade de Deus
Enfim, São Boaventura foi mensageiro de esperança. "Uma bela imagem da esperança – recordou o papa – a encontramos numa de suas pregações no Advento, onde confronta o movimento da esperança ao vôo do pássaro, que abre as asas e para voar coloca todas as suas forças. Que São Boaventura a abrir as asas da esperança que nos impulsiona a ser, como ele, incessantes pessoas que buscam Deus, cantores das belezas da criação e testemunhas daquele Amor e da Beleza que tudo move". S.L.) (Agência Fides 7/9/2009)

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