Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Manaus (Agência Fides) – Comemora-se estes dias em Manaus, capital da Amazônia, o primeiro centenário da presença dos Frades Capuchinos Menores proveniente da Úmbria. Os primeiros quatro chegaram em 26 de julho de 1909. Os religiosos vinham de Assis e foram enviados ao Alto Solimões, a parte mais ocidental da Amazônia, um trapézio de água e de selva entre Colômbia e Peru. Aqui trabalharam na assistência aos seringueiros e aos índios Ticuna, a tribo mais numerosa de todo o Brasil. O território tinha uma superfície de 140 mil km e pouco mais de 20 mil habitantes.
O impacto com o clima causou a morte de um deles por causa da febre amarela, um ano depois de sua chegada, aos 27 anos de idade. Dois anos morreram nas águas do rio, e os outros eram internados periodicamente no hospital de Manaus para curar das feridas e das doenças tropicais. Durante a visita ao Papa Pio XI, Pe. Evangelista da Cefalônia, primeiro Prefeito Apostólico da Missão, disse que o clima prejudicava dois missionários por ano.
Os religiosos trabalharam na evangelização e na promoção social com abertura de escolas, colégios, um hospital e várias atividades polivantens, além da formação das vocações locais que constituem hoje a vice-província do Alto Solimões, composta por 40 religiosos, distribuídos em 8 casas: duas em Manaus, uma em Humaitá e as outros no rio que os indígenas chamam de Rio Mar.
Os religiosos celebraram o aniversário com várias celebrações litúrgicas nas várias casas, animadas por cantos de um coral provenientes da Cidade de Perúgia, que fez um concerto no Teatro Amazonas em Manaus; mas, sobretudo, com quatro dias de retiro para repensar a missão numa das casas de Manaus e no mosteiro das Clarissas, aberto três anos atrás, em lembrança do centenário.
O trabalho e as dificuldades enfrentadas pelos religiosos serão publicados e também será feito um documentário preparado pela Nova T di Torino ligada à Ordem dos capuchinhos. (RG) (Agência Fides 29/7/2009)
