ÁFRICA/GUINÉ BISSAU - Domingo será o segundo turno as eleições presidenciais: os dois candidatos já se enfrentaram antes nas eleições presidenciais de 2000

Bissau (Agência Fides)- Acontecerá no domingo, 26 de julho, o segundo turno das eleições presidenciais na Guiné Bissau. No primeiro turno, realizado no dia 28 de junho (ver Fides de 26/6/2009), Malam Bacai Sanha, candidato do Partido africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), obteve 39,59% dos votos contra 29,42% do adversário, o líder do Partido para a Renovação Social (PRS) Kumba Yala.
Sanha e Kumba Yala já haviam se enfrentado em eleições anteriores. De fato, Sanha, Presidente interino de 1999 a 2000, e Yala competiram no segundo turno das eleições de 2000. O pleito de domingo é, portanto, similar ao de 2000, vencido por Kumba Yala com 72% dos votos. Kumba Yala , porém, não terminou o seu mandato porque foi deposto por um golpe militar em 2003.
A população espera que com esta eleição sejam criadas as condições para trazer mais estabilidade ao País, muito enfraquecido pela violência política e, nos últimos anos, pelo tráfico de cocaína sul-americana em trânsito rumo os mercados europeus. Nos últimos quinze anos, nenhum dos três Presidentes eleitos completou o mandato de cinco anos, ou por ter sido deposto pelos militares, como aconteceu em 1998 com Vieira, e com Yala em 2003, ou por ter sido morto por soldados (Vieira, no início de março deste ano). A campanha eleitoral do segundo turno foi marcada pela violência verbal, e isso suscita o temor de desordens. Para garantir a segurança e a pacífica realização das eleições haverá 4.900 homens, entre policiais, seguranças e militares, diferentemente do primeiro turno, em que havia uma força de segurança de 3.600 homens.
Estados Unidos, Canadá, Japão, Grã-Bretanha fizeram um apelo em que se pede que a votação seja ocorra “na calma e na transparência”. Os dois turnos eleitorais foram inteiramente financiados pela comunidade internacional num total de 5,1 milhões de euros. Cerca de 150 observatórios internacionais deverão garantir o correto andamento da votação.
A votação estava inicialmente prevista para 2 de agosto, mas foi antecipada para 26 de julho, para permitir que os agricultores fizessem a colheita, que começa em agosto.(L.M.) (Agência Fides 24/7/2009)