ÁFRICA/CONGO - O presidente Denis Sassou Nguesso reeleito; polêmicas sobre o índice de participação nas votações

Quinta, 16 Julho 2009

Brazzaville (Agência Fides) – Como prognosticado por todos, o presidente Denis Sassou Nguesso venceu as eleições presidenciais que se realizaram na República do Congo em 12 de julho (ver Fides 10/7/2009).
Segundo os resultados apresentados em 15 de julho, Nguesso obteve 1.055.117 dos 342.242 votos uma percentual de 78,61%.
O segundo lugar ficou com o candidato independente Joseph Kignoumbi Kia Mboungou, com 7,46% dos votos, e depois Nicéphore Fylla de Saint-Eudes (6,98%) e aquele considerado o principal adversário de Nguesso, o opositor Mathias Dzon, que obteve somente 2,30% dos votos. Para ser efetivo o resultado deve ser proclamado pela Corte Constitucional que deve tomar em consideração eventuais contestações do voto.
Mesmo, se de fato, os observadores internacionais tenham afirmando que as eleições foram correta, diferentes organizações não-governamentais locais e associações da sociedade civil congolesa expressaram suas críticas sobre a realização do voto. Em primeiro lugar estas organizações afirmam que as listas eleitorais foram camufladas: oficialmente foram chamados a votar 2,2 milhões de congoleses sobre uma população de 3,6 milhões de habitantes. Um dado que segundo a oposição é exagerado. Contesta-se o índice de participação ao voto, depois que os 6 candidatos tinham convidado os eleitores a boicotar a eleição.
Os dados oficiais de participação ao voto, ainda provisórios, afirmam que votaram 66,42% dos que tinham direito ao voto. A oposição afirma que somente 15-20% dos eleitores foram às urnas.
Os observadores da União Africana e da Comunidade da África central, ao invés, pensam que as votações tenham sido realizadas “de maneira conforme ao direito e satisfizeram os padrões de transparência pedidos”.
Uma manifestação na capital Brazzaville, foi desfeita pela polícia. O Congo Brazzaville é um dos principais produtores africanos de petróleo. A sua produção diária é de 220 mil barris. A maior parte da população porém não se beneficiam do lucro do petróleo. O país está classificado no 142º lugar no ranking mundial da UNDP (o programa de desenvolvimento das Nações Unidas) com um índice de desenvolvimento humano igual a 0.512. Os bispos do Congo apóiam aqueles que pedem mais transparência na gestão de recursos naturais do país (ver Fides 1/12/2006). (L.M.) (Agência Fides 16/7/2009)


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