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Istambul (Agência Fides) – Depois do Ano Paulino, que foi um "ano de graça", se abre novas perspectivas de diálogo ecumênico e inter-religioso na Turquia: assim Pe. Ruben Tierrablanca OFM, Superior da Fraternidade Franciscana Internacional de Istambul, após o encerramento do Ano Paulino traça o futuro das relações ecumênicas e inter-religiosas em terra turca.
Pe. Ruben ilustra à Fides os compromissos e os desafios que o Ano Paulino deixa em herança à comunidade católica turca: "Tornar-se cristão é um processo. Isto é válido no caso de Paulo e é esta realidade que nos compromete em renovar cotidianamente a fé em Cristo, colocando à disposição todas as reservas de nossa natureza humana e espiritual. A ferida profunda de divisões dos cristãos, presentes nesta terra há mil anos, nos entristece muito, mas sobretudo, nos impulsiona a um trabalho constante, não obstante seja longo e lento. Em relação a nós Igreja Católica, em todas as suas componentes e tradições rituais, conseguimos trabalhar juntos testemunhando a verdadeira unidade em Cristo, tanto mais será válido a nossa ajuda em prol da unidade de toda a Igreja de Cristo. O desafio é grande, mas estamos prontos para enfrentá-lo". "Outra convicção que confirmamos neste ano e que o Apóstolo Paulo nos serviu de mestre, acrescenta o superior é a abertura a um mundo multi-religioso e multicultural: devemos ainda aprender a viver a nossa fé em abertura àqueles que não a professam, queremos ser fiéis a Cristo, mas igualmente na fidelidade ao homem. Anunciar Cristo e testemunhá-lo com a vida é a nossa tarefa, mas sem pretensões de encher as estatísticas; Paulo plantou, Paulo regou, mas é Deus quem faz nascer." Enfim, ressalta Pe. Tierrablanca, "um pedido que todos nós recebemos este ano foi a de explicar com simplicidade, mas igualmente com clareza a e profundidade, a história da Igreja desde a sua origem e em seus momentos mais significativos, vividos nesta região do mundo. Além da partilha de nossa experiência pessoal e eclesial como presença cristã na Turquia, país de maioria muçulmana. Agora nós queremos assumir responsavelmente e abertamente este desafio: dar testemunho de nossa esperança a todos os que nos pedirem, segundo a recomendação de Francisco de Assis… e confessem de ser cristãos".
"Com todos os fiéis em Cristo, Senhor e Salvador de toda a humanidade, conclui o frade, vivemos no Ano Paulino vários momentos de intensa renovação de nossa fé, por meio da constante leitura da conversão de Paulo ao Evangelho no caminho de Damasco e pela dedicação do Apóstolo dos Gentios e seu ministério, particularmente na Ásia Menor, território em que o Senhor nos quer como evangelizadores neste século XXI. A visita aos diferentes lugares do ministério de Paulo nos faz viver um profundo sentido eclesial: a partir da experiência das primitivas comunidades e de todo o cristianismo". (PA) (Agência Fides 14/7/2009)
