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Doula (Agência Fides)- Mais de 20 mil pessoas aderiram à caminhada de protesto contra a legalização do aborto, liderada pelo Cardeal Christian Tumi, Arcebispo de Douala. A caminhada aconteceu na cidade de Camarões meridional, em 11 de julho, aniversário da aprovação do Protocolo de Maputo. O “Protocolo da Carta dos direitos do homem e dos povos relativo aos direitos da mulher” foi, de fato, adotado pela segunda Sessão ordinária da União Africana em Maputo (Moçambique) em 11 de julho de 2003. A Igreja católica sempre manifestou a sua oposição ao parágrafo c do artigo 14 do Protocolo, que estabelece a proteção aos direitos reprodutivos das mulheres autorizando o aborto médico nos casos de estupro, incesto, e quando a continuação da gravidez põe em perigo a saúde física e mental da mãe ou a vida da mãe ou do feto (ver Fides de 26/1/2006).
Recentemente, a Conferência Episcopal de Camarões publicou uma declaração em que manifesta a sua contrariedade pela legalização do aborto previsto pelo Protocolo (ver Fides de 1/7/2009).
A posição da Igreja foi reiterada por Dom Samuel Kleda, Bispo coadjutor de Douala, que na homilia da Missa que encerrou a caminhada, afirmou: “Nós aderimos a este louvável projeto (de proteger a mulher). Quem ficaria insensível aos sofrimentos da mulher? Ao mesmo tempo, não se pode pretender defender a mulher propondo-lhe que provoque o aborto e utilize meios de contracepção que ameaçam a sua dignidade e o seu núcleo familiar. Nenhuma razão pode ser invocada para provocar o aborto ou o infanticídio”.
Em seguida, uma delegação composta por representantes católicos, protestantes e muçulmanos entregou ao Governador uma carta para o Presidente da República e uma petição, para a qual foram recolhidas até agora 30 mil assinatura. Haverá outras, pois ao apelo da Igreja católica também aderiram fiéis de outras confissões, inclusive muçulmanos. (L.M.) (Agência Fides 13/7/2009)
