VATICANO - “As soluções para os problemas atuais da humanidade não podem ser somente técnicas, mas devem considerar todas as necessidades da pessoa, que dotada de alma e corpo, e devem considerar o Criador, Deus” reitera o Papa no Ângelus; apelo para Honduras

Sexta, 13 Julho 2007

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – Antes de recitar a oração mariana do Ângelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, domingo, 12 de julho, o Santo Padre Bento XVI retomou o seu discurso sobre a recente Reunião do G8 e sobre a sua última encíclica, “Caritas in veritate”. “Os problemas na agenda eram dramaticamente urgentes. Há no mundo desequilíbrios sociais e injustiças estruturais não mais toleráveis” recordou o Papa, destacando que “os Chefes de Estado e de Governo do G8 reiteraram a necessidade de se chegar a acordos a fim de assegurar à humanidade um futuro melhor. A Igreja não possui soluções técnicas a serem apresentadas, mas, como especialista em humanidade, oferece a todos o ensinamento da Sagrada Escritura sobre a verdade do homem e anuncia o Evangelho do Amor e da justiça”.
Desse modo, Bento XVI recordou o que afirmou na última quarta-feira, comentando na audiência geral a Encíclica Caritas in veritate: "é necessário um novo projeto econômico, que remodele o desenvolvimento de maneira global, baseando-se no fundamento ético da responsabilidade diante de Deus e do ser humano como criatura de Deus"… "numa sociedade em processo de globalização, o bem comum e o empenho para isso não podem deixar de assumir as dimensões de toda a família humana" (n. 7).
O Santo Padre afirmou prosseguir no caminho traçado por Paulo VI, que já na Encíclica Populorum progressio “reconheceu e indicou o horizonte mundial da questão social”, que no nosso tempo “significa o próprio modo de conceber o ser humano cada vez mais em mãos do próprio homem pelas modernas biotecnologias. As soluções para os problemas atuais da humanidade não podem ser somente técnicas, mas devem considerar todas as necessidades da pessoa, que é dotada de alma e corpo, e devem, assim, considerar o Criador, Deus. Poderia, de fato, desenhar cenários foscos para o futuro da humanidade ‘o absolutismo da técnica’, que encontra a sua máxima expressão nas práticas contrárias à vida”.
Mesmo diante da complexidade da atual situação mundial, o Papa afirmou que “a Igreja olha para o futuro com esperança e recorda aos cristãos que ‘o anúncio de Cristo é o primeiro e principal fator de desenvolvimento’”, e pediu a intercessão da Virgem Maria para “caminhar no caminho do desenvolvimento com todo o nosso coração e a nossa inteligência”.
Depois do Ângelus, o Santo Padre fez um apelo para Honduras e anunciou a sua partida para um breve período de descanso no Vale d’Aosta. Foram estas as suas palavras: “Nesses dias, parto com preocupação pelos acontecimentos em Honduras. Quero hoje convidar-vos a rezar por aquele querido País para que, com a intercessão materna de Nossa Senhora de Suyapa, os responsáveis pela Nação e todos os seus habitantes percorram pacientemente o caminho do diálogo, da compreensão recíproca e da reconciliação. Isso é possível se, superando as tendências específicas, cada um se esforçar para buscar a verdade e perseguir com tenacidade o bem comum: é essa a condição para garantir uma convivência pacífica e uma autêntica vida democrática! Ao amado povo hondurenho asseguro a minha oração e concedo uma especial Benção Apostólica. Amanhã, se Deus quiser, partirei para um breve período de descanso na montanha. Estarei no Valle d’Aosta, em Les Combes, localidade célebre pelas temporada do meu amado antecessor João Paulo II e também muito amada por mim. Ao dar o meu "até logo" à Praça São Pedro e à cidade de Roma, convido todos a me acompanhar com a oração. A oração não conhece distâncias e separações: em qualquer lugar que estejamos, ela faz de nós um só coração e alma. Aproveito a ocasião da partida para reafirmar a todos o dever da prudência na liderança e o respeito à lei de trânsito nas estradas. Boas férias dependem disso!” (S.L.) (Agência Fides 13/7/2009)


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