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Sirte (Agência Fides)- A guerra civil na Somália e a pirataria ao longo do seu litoral, a crise política no Zimbábue e em Madagascar, a guerra civil na região sudanesa do Darfur, o impulso da economia africana, a partir do setor agrícola. São esses os principais temas em debate na 13ª Cúpula da União Africana que começou em 1° de julho, em Sirte, na Líbia.
O líder líbio Khaddafi, como Presidente atual da União Africana, hospeda os Chefes de Estado e de governo e os líderes da diplomacia de todos os Países africanos. Entre eles estão o Presidente argelino, Abdel Aziz Buteflika, o Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, o Presidente do Mali, Amadou Toumani Toure, o Presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, o das Ilhas Comores, Ahmed Abdullah Sambi, o Presidente de São Tomé e Príncipe, Fradique De Menezes, o Presidente de Moçambique, Armando Emilio Guebuza, o Ministro do Exterior egípcio, Ahmed Abu al Ghait, o Secretário Geral da Liga Árabe, Amr Mussa.
O tema do vértice é “Investir na agricultura para o crescimento da economia e a segurança alimentar”. Na abertura do encontro o presidente brasileiro Luíz Inácio Lula da Silva, prometeu que seu país pretende ajudar a África a promover a sua revolução verde, com o uso de modernas tecnologias produtivas, mas não a detrimento da agricultura familiar e com o objetivo de criar emprego. O presidente Lula reiterou o compromisso do Brasil em investir na África e ressaltou que a cooperação entre os Estados do sul do mundo seja “uma força de ataque contra a iniqüidade que permanecem na ordem mundial”. O presidente brasileiro insistiu sobre o fato que também a África, como o Brasil, dedique uma parte de suas plantações à produção de biocombustível, desenvolvendo, por exemplo, o plantio de cana-de-açúcar, de onde se retira o etanol. O presidente de turno da União Africana, Muamar Kadaffi, achou interessante a proposta brasileira, mas acrescentou que a produção de biocombustível não deve acontecer em detrimento da produção alimentar.
O encontro é uma ocasião para discutir as várias crises africanas. Em Sirte foi anunciado que na metade de julho se retomarão os encontros de grupo de contato internacional para a crise em Madagascar, com os principais atores da cena política da ilha. Segundo a imprensa internacional, o ex-presidente de Madagascar, Marc Ravolomanana, chegou a Sirte, mas não foi visto no centro das conferências onde se realiza o encontro pan-africano. (L.M.) (Agência Fides 2/7/2009)
