AMÉRICA/ESTADOS UNIDOS - MISSÃO E IMIGRAÇÃO - “A malã com o barbante”: o dia todo no campo debaixo do sol, sem comida, somente água, mas não se pode voltar atrás enquanto não for paga a dívida a quem nos fez chegar até aqui

Quarta, 10 Junho 2009

Nova York (Agência Fides) – Os imigrante que do México conseguem chegar aos Estados Unidos se tornam prisioneiros daqueles que os fizeram chegar até lá, e enquanto não pagam a dívida com estes traficantes sem escrúpulos, não podem pensar em voltar para casa. Devem trabalhar e suar quando conseguirão encontrar trabalho, em condições de escravidão e se privando de tudo, para economizar dinheiro necessário para pagar a dívida. Este testemunho de uma mexicana mostra a trágica situação em que vivem: “Foi muito difícil para mim chegar até aqui. E agora estamos muito preocupados, porque o trabalho terminou e nós ainda não terminamos de pagar a dívida com aqueles que nos fizeram chegar até aqui. Agora não sabemos como pagar. Devemos economizar na alimentação para pagar a dívida, esperamos que alguém nos possa ajudar. Uma pessoa deixa o próprio país para viver numa situação ainda mais difícil, se trabalha muito mas se ganha realmente pouco, muito pouco. Se chega aqui com o desejo de ganhar e certamente se ganha um pouco mais que em nosso país. Meu marido pode trabalhar quando tem trabalho nos campos. O dia todo debaixo do sol, das quatro da manhã, e não dão a ele comida, somente água. Ele trabalha oito horas e recebe 50 dólares. Mas não tem outro trabalho para nós. Eu sei que o que dá emprego é mexicano. É uma situação muito difícil agora nos Estados Unidos. No momento não podemos voltar atrás porque temos ainda a dívida para pagar. Talvez mais adiante... se chega outro período de trabalho e podemos ganhar ainda mais um pouco de dinheiro, então pensaremos em voltar para casa. Mas agora devemos pagar a dívida. Pagar tudo”. (Luca De Mata) (Antecipação do programa televisivo “A mala com o barbante”: 4 episódios de uma pesquisa sobre imigração no mundo que irá em onda no canal Rai Uno a partir de 29 de junho). (Agência Fides 10/6/2009)


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