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Katmandu (Agência Fides) – Vigilantes e atentos sim, mas não imobilizados pelo medo. Os cristãos do Nepal “não escondem a sua preocupação com as recentes ameaças e intimidações sofridas, mas permanecem confiantes na vontade e na capacidade da nação nepalesa de derrotar os grupos integralistas”: é o que explica à Agência Fides pe. Pius Perumana, pró-Vigário Apostólico no Nepal, comentando os últimos episódios vividos pela comunidade cristã no país em meio às violências do Nepal Defence Army (NDA), grupo integralista paramilitar de matiz hindu (ver de Fides 2/6/2009).
Pe. Pius explica a Fides: “Estamos em alerta e dissemos aos fiéis para serem vigilantes e prudentes. Mas as nossas atividades e a nossa missão continuam. Temos confiança na população e na autoridade nepalesa. Esse grupo NDA parece querer lançar uma espécie de ‘guerra santa’ contra os cristãos e as outras minorias religiosas no Nepal. Segundo alguns, recebe financiamentos e apoio de grupos radicais hindus com base na Índia. Possuem seguidores e, em alguns casos, conseguem manipular a cabeça das pessoas: como ocorreu no caso de Sita Thapa Shrestha, a mulher que colocou a bomba no Catedral de Katmandu. Ela trabalhava numa associação local em defesa das mulheres e dos crianças. Deve ter sofrido uma verdadeira lavagem cerebral para conseguir realizar um gesto tão extremo”.
Mas os cristãos acreditam na vontade dos nepaleses de eliminar esses germes integralistas: “Todo o povo nepalês condenou firmemente o atentado contra os cristãos e movimentos como o NDA. Os meios de comunicação não deram espaço aos radicais e a opinião pública os desacreditou. São estranhos à sociedade e têm nostalgia de um país que não existe mais. As autoridades civis e a polícia também estão fazendo o seu trabalho para combatê-los. Estamos confiantes”, destaca o pró-Vigário.
Pe. Piu conclui: “A comunidade católica tem cerca de 8.000 almas e os cristãos no total são cerca de dois milhões, numa população de 29 milhões de pessoas. Somos uma minoria significativa e estimada, radicada no país e na sociedade. Dedicamo-nos ao serviço social, à educação e a promoção social de amplas faixas pobres da população. Esses ataques não eliminarão a nossa esperança e a nossa obra de evangelização, a serviço do bem comum da nação”. (PA) (Agência Fides 8/6/2009)
